Jubileu 2025

Jubileu da Vida Consagrada experiência única – Irmã Rosário Ramos

Jubileu da Vida Consagrada experiência única – Irmã Rosário Ramos A religiosa, Rosário Ramos entrou para o elenco dos mais de 16 mil religiosos, religiosas, monges, contemplativas, membros de institutos bem como outras expressões de vida consagrada presentes no mundo que participaram de 8 a 12 de Outubro no Jubileu 2025 em Roma, Itália. A Irmã Rosário que pertence a Congregação do Amor de Deus foi eleita para representar os religiosos e religiosas da Diocese de Mindelo. De regresso a Cabo Verde ela conta com detalhes os dias passados no centro da catolicidade. Quatro dias bem vividos, diz. Durante o Jubileu que decorreu sob o signo de “Peregrinos da Esperança”, os religiosos reflectiram sobre vários assuntos entre os quais a esperança a paz e o perdão, revela a religiosa. Um tempo de crecimento na fé. Mesmo sem poder chegar ao Papa, a alegria e felicidade foram visíveis. Para além da partilha dos abraços que trouxe da parte do Papa Leão XIV, também ensinamentos. Amor de Deus, Filhas do Sagrado Coração de Maria, Franciscanas da Imaculada Conceição, Fraternidade Raínha dos Corações, Orionitas entre outras congregações que vivem e trabalham em Cabo Verde participaram nesse evento específico. O Jubileu de 2025 é o 27º Jubileu Ordinário que foi convocado pelo Papa Francisco com a Bula “Spes non confundit” de 9 de Maio de 2024. Teve início em 25 de dezembro do mesmo ano na Basílica de São Pedro e em 29 de Dezembro em todas as dioceses, termina no dia 28 de Dezembro de 2025.

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Diocese de Mindelo com dois elementos no Jubileu das Equipas Sinodais em Roma, de 24 a 26 de Outubro

Diocese de Mindelo com dois elementos no Jubileu das Equipas Sinodais em Roma, de 24 a 26 de Outubro Frei José Pires e Fátima Almeida são os representantes naquele que é o evento mais aguardado dos últimos tempos, na Igreja. Trata-se do primeiro momento coletivo na fase de implementação, chamada a traduzir as diretrizes do Documento Final em escolhas pastorais e estruturais coerentes com a natureza sinodal da Igreja. O evento pretende ainda dar reconhecimento ao precioso serviço desenvolvido por esses organismos e pelas pessoas que neles trabalham, colocando a construção de uma Igreja cada vez mais sinodal no horizonte da esperança jubilar, diz um comunicado emanado da Santa Sé. O encontro marca um momento significativo da fase de implementação das diretrizes emanadas do Documento Final da XVI Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos. Segundo a Agenda, na tarde de sexta feira, 24, as equipas e os organismos de participação se encontraram com o Papa Leão XIV, na Sala Paulo VI para um diálogo, seguido por aprofundamentos sobre os temas sinodais. O dia de sábado, será dedicado à peregrinação em si e à passagem pela Porta Santa. Mais de cem pequenos grupos linguísticos partilham as suas experiências por meio do método da Conversação no Espírito. Serão ainda realizados workshops e seminários, aprofundados, 25 seminários linguísticos e 6 temáticos sobre a conversão missionária e sinodal da Igreja seguida de vigília noturna de Oração Mariana na Praça de São Pedro, aberta a todos os peregrinos em Roma. No domingo o Papa Leão XIV presidirá a Missa na Basílica Vaticana. Estima-se uma participação de aproximadamente 2 mil membros das equipes sinodais e dos organismos de participaão (conselho presbiteral, conselho pastoral, conselho para assuntos econômicos, etc.) em nível diocesano/eparquial, nacional e/ou em nível dos grupos de Igreja de todo o mundo. Da tarde de domingo, 26 até segunda-feira, 27 de outubro, se reunirá o Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo.

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Peregrinos da Diocese de Mindelo, revigorados na fé já regressaram à Cabo Verde

Peregrinos da Diocese de Mindelo, revigorados na fé já regressaram à Cabo Verde No âmbito do Jubileu de Esperança  que decorre ao longo deste ano de 2025, peregrinos da Diocese de Mindelo juntamente com o Bispo, Dom Ildo Fortes se deslocaram à Roma, Itália para celebrar o nascimento de Jesus Cristo, no centro da catolicidade.O sentimento ao percorrer as estradas, os lugares importantes da História da Igreja, revigora a fé do cristão, sentimento unânime.Entrar pelas Portas Santas, percorrer as quatro Basílicas principais, a Escada Santa, visitar as catacumbas de São Calixto, ouvir falar do santo Pier Giorgio Frassati, em Assis, encontrar com os Santos Francisco, Clara e Carlo Acutis, escutar as histórias, visitar a Rádio Vaticano e na Praça São Pedro serem saudados pelo Papa Leão XIV, foram momentos de graça, revelaram 3 dos 36 peregrinos que já regressaram á Cabo Verde.Lúcia Gracia da ilha do Fogo e residente na ilha do Sal diz regressar com a alma cheia que não consegue explicar. Experiência única, uma mistura de emoções diz outra peregrina Maria Rodrigues da ilha de Santo Antão encantada por estar em Roma 25 anos depois. Ela desenha a sensação de comunhão eclesial. Gratidão a Deus, expressa Neusa Semedo, peregrina pela primeira vez. A mesma faz questão de marcar presença nas próximas, organizadas pela Diocese de Mindelo. Lúcia Garcia, Maria Rodrigues e Neusa Semedo com testemunhos da peregrinação jubilar 2025 que aconteceu de 19 a 27 de Setembro com um itinerário: Roma e Assis, na Itália.Fátima, onde os cristãos têm Mãe e Santarém em Portugal também receberam os peregrinos que visitaram e celebraram na Basílica do Milagre Eucarístico, onde São Carlo Acutis também esteve.Peregrinação numa altura em que a Igreja de Jesus Cristo em Cabo Verde caminha para a celebração dos 500 anos da criação de Diocese de Santiago e 30 anos da Diocese de Mindelo em 2033, renovando, fazendo memória mas, com os olhos postos no futuro, em relação à evangelização.

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«Dilexi Te»: Primeira exortação de Leão XIV assume legado social de Francisco

«Dilexi Te»: Primeira exortação de Leão XIV assume legado social de Francisco Papa reforça proposta de «Igreja pelos pobres e com os pobres», publicando documento preparado pelo seu antecessor Foto: Vatican Media Cidade do Vaticano, 09 out 2025 (Ecclesia) – Leão XIV publicou hoje a primeira exortação apostólica do pontificado, ‘Dilexi Te’, na qual assume o legado pastoral e social de Francisco, numa reflexão sobre a relação da Igreja com os pobres. “Em continuidade com a Encíclica Dilexit nos, o Papa Francisco, nos últimos meses da sua vida, estava a preparar uma exortação apostólica sobre o cuidado da Igreja pelos pobres e com os pobres, intitulada Dilexi te, imaginando Cristo a dirigir-se a cada um deles dizendo: Tens pouca força, pouco poder, mas «Eu te amei»”, explica o Papa, eleito a 8 de maio deste ano, pouco mais de duas semanas após a morte de Francisco (21 de abril). O título ‘Dilexi Te’ (Eu amei-te, em português) é retirado de uma passagem do último livro da Bíblia, o Apocalipse (Ap 3, 9). “Ao receber como herança este projeto, sinto-me feliz ao assumi-lo como meu – acrescentando algumas reflexões – e ao apresentá-lo no início do meu pontificado, partilhando o desejo do meu amado predecessor de que todos os cristãos possam perceber a forte ligação existente entre o amor de Cristo e o seu chamamento a tornarmo-nos próximos dos pobres”, escreve Leão XIV. A reflexão sublinha a “opção preferencial pelos pobres”, uma expressão que se generalizou na Igreja Católica a partir da América Latina – onde Francisco nasceu e onde o atual Papa foi missionário e bispo – como uma dimensão teológica, e não apenas social, na vida da Igreja. “A condição dos pobres representa um grito que, na história da humanidade, interpela constantemente a nossa vida, as nossas sociedades, os sistemas políticos e económicos e, sobretudo, a Igreja. No rosto ferido dos pobres encontramos impresso o sofrimento dos inocentes e, portanto, o próprio sofrimento de Cristo”, sustenta a encíclica. Na linha do seu antecessor, Leão XIV defende o ideal de uma Igreja humilde, fiel à sua vocação de serviço aos necessitados, inspirando-se em figuras como São Francisco de Assis e os membros das ordens mendicantes, surgidas no século XIII. “A Igreja é luz quando se despoja de tudo, a santidade passa por um coração humilde e dedicado aos pequenos”, refere, falando numa “revolução evangélica, na qual o estilo de vida simples e pobre se converte em sinal profético para a missão”. Jesus é um mestre itinerante, cuja pobreza e precaridade são sinais do vínculo com o Pai e são pedidas também a quem deseja segui-lo no caminho do discipulado, precisamente para que a renúncia aos bens, às riquezas e às seguranças deste mundo seja um sinal visível do ter-se confiado a Deus e à sua providência.” O Papa enfatiza que a Igreja deve assumir “uma decidida e radical posição em favor dos mais fracos”, num texto em que retoma a tradição bíblica e patrística (teólogos da antiguidade cristã), convidando a reconhecer os pobres como “carne de Cristo” e “modo fundamental de encontro com o Senhor da história”. “A caridade não é uma via opcional, mas o critério do verdadeiro culto”, aponta. A exortação apostólica assume críticas dentro e fora da Igreja a esta mensagem em defesa dos mais frágeis. “Observar que o exercício da caridade é desprezado ou ridicularizado, como se fosse uma fixação somente de alguns e não o núcleo incandescente da missão eclesial, faz-me pensar que é preciso ler novamente o Evangelho, para não se correr o risco de o substituir pela mentalidade mundana”, adverte o pontífice. Leão XIV sustenta que os pobres não são apenas destinatários de assistência, destacando a “necessidade de considerar as comunidades marginalizadas como sujeitos capazes de criar cultura própria”. Existem muitas formas de pobreza: a daqueles que não têm meios de subsistência material, a pobreza de quem é marginalizado socialmente e não possui instrumentos para dar voz à sua dignidade e capacidades, a pobreza moral e espiritual, a pobreza cultural, aquela de quem se encontra em condições de fraqueza ou fragilidade seja pessoal seja social, a pobreza de quem não tem direitos, nem lugar, nem liberdade”. O primeiro Papa da Ordem de Santo Agostinho, da qual foi responsável mundial, escreve que “numa Igreja que reconhece nos pobres o rosto de Cristo e nos bens o instrumento da caridade, o pensamento agostiniano permanece uma luz segura”. “Hoje, a fidelidade aos ensinamentos de Agostinho exige não só o estudo de suas obras, mas a predisposição para viver com radicalidade o seu apelo à conversão que inclui necessariamente o serviço da caridade”, indica. A ‘Dilexi Te’ está dividida em 121 pontos, com quase 60 citações de Francisco, entre as 129 notas do texto. “Devemos sentir a urgência de convidar todos a entrar neste rio de luz e vida que provém do reconhecimento de Cristo no rosto dos necessitados e dos sofredores. O amor pelos pobres é um elemento essencial da história de Deus conosco e irrompe do próprio coração da Igreja como um apelo contínuo ao coração dos cristãos, tanto das suas comunidades, como de cada um individualmente”, apela Leão XIV. Uma exortação apostólica é um documento formal do Papa dirigido principalmente aos católicos, sem se limitar a eles, cujo objetivo principal é orientar os destinatários sobre um tema específico – neste caso, “o amor para com os pobres” –, estimulando a reflexão e a ação. Uma exortação apostólica é um documento formal do Papa dirigido principalmente aos católicos, cujo objetivo principal é orientar os destinatários sobre um tema específico – neste caso, “o amor para com os pobres” -, estimulando a reflexão e a ação. Sem o peso oficial de uma encíclica, o documento papal mais solene, cada exortação apostólica é vista como um texto que expressa diretamente a visão do pontífice sobre o tema em análise. OC In Agência Ecclesia

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Erson de Covok Selvom (Paróquia de Santo António das Pombas) será um dos seis a ser ordenado diácono em Sevilha

Erson de Covok Selvom (Paróquia de Santo António das Pombas) será um dos seis a ser ordenado diácono em Sevilha No próximo dia 20 de Setembro em Sevilha (Espanha) haverá ordenações diaconais de seis seminaristas do Seminário Metropolitano de Sevilha, na Catedral de Santa María de la Sede y de la Asunción de Sevilla. Um destes ordinandos é seminarista da nossa Diocese de Mindelo – Erson Patrick Rosário da Cruz. Essa celebração, que começará pelas 11hrs de Sevilha (8hrs de Cabo Verde), será presidida pelo Arcebispo de Sevilha, Dom José Ángel Meneses. O seminarista Erson Patrick Rosário da Cruz de 23 anos é filho de Cobok Selvom, uma das localidades de Janela de Paul. A sua ordenação em Sevilha é por razões formativas. Para ler a biografia do seminarista Erson da Cruz. Rezemos a Deus Nosso Pai, por este rapaz da Paróquia de Santo António das Pombas, pelo seu ministério e pelo seu ano de formação lá em Sevilha para que preservere sempre na vocação que Ele o chama.

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Erson dará o seu Sim ao diaconado no dia 20 de Setembro em Sevilha

Erson dará o seu Sim ao diaconado no dia 20 de Setembro em Sevilha Erson Patrick Rosário da Cruz é filho de Manuel António dos Santos da Cruz e de Alcídia Cândida da Luz Rosário. Nasceu no dia 2 de março de 2002, na freguesia de Santo António das Pombas, concelho do Paul, Santo Antão.Erson descobriu a sua vocação em 2016, ano em que participou no campo vocacional da Diocese do Mindelo. Foi então que começou a meditar nas grandes questões existenciais da sua vida. Uma grande referência da sua adolescência foi o Pe José Júlio, cuja forma de exercer o sacerdócio o cativou. Depois de um ano de discernimento com o pároco entrou no Seminário Menor Diocesano de Cristo Bom Pastor, em São Vicente. Erson Patrick fez os estudos primários na escola de Janela e estudou do sétimo até ao 10º ano no Liceu Januário Leite, todos no concelho do Paul. Ao terminar o 10º ano ingressou no seminário e passou a estudar no Liceu Ludgero Lima, em São Vicente, onde terminou o ensino secundário em 2020. Em setembro do mesmo ano foi enviado a prosseguir os estudos na Faculdade de Teologia San Isidoro de Sevilha e a viver no Seminário Metropolitano de Sevilha, em Espanha. Em 8 de agosto de 2023 foi instituído ao ministério do leitorado, pelo Bispo Dom Ildo Fortes, no Seminário Maior Cristo-Rei dos Olivais do Patriarcado de Lisboa. Em 28 de junho de 2024 foi instituído ao ministério do acolitado, na Pró-Catedral de Nossa Senhora da Luz, também por Dom Ildo Fortes, Bispo da Diocese de Mindelo. Em 26 de maio de 2025 foi admitido às ordens sacras na Capela do Seminário Metropolitano de Sevilha por Dom Ramon Valdivia, Bispo auxiliar de Sevilha. No dia 26 de junho de 2025 concluiu os seus estudos no Bacharel de Filosofia e de Teologia na Faculdade de Teologia San Isidoro de Sevilha.Após a ordenação diaconal, Erson Patrick Rosário da Cruz começará a sua especialização numa das mais variadas áreas da Teologia.

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CEMAM acolheu as ordenações de Éder e de Patrik na ilha do Sal

CEMAM acolheu as ordenações de Éder e de Patrik na ilha do Sal A Diocese de Mindelo foi agraciada com duas ordenações uma diaconal e outra presbiteral (primeira a ser feita na ilha do Sal). A celebração eucarística foi presidida pelo prelado da Diocese de Mindelo. Esta mesma teve o lugar no paviçlhão do Complexo Educativo Manuel António Martins (CEMAM).Diferentemente daquilo que fora costume durante vários anos as ordenações aconteceram na ilha do Sal, com o intuito de descentralizar as ordenações da ilha sede da diocese ou então ilha da proveniência dos eleitos às ordens. Precisamente para que o povo das ilhas possam também participar deste momento emblemático do ano pastoral.Os salenses puderam estar à altura para receber as ordenações com uma certa “maturidade responsabilidade e comprometimento”, desde à hospedagem dos peregrinos à organização logística da celebração. O que torna um sinal de esperança para haver lá mais ordenações. Pode escutar na íntegra a homilia proferida no dia das ordenações (2 partes). https://diocesemindelo.org/wp-content/uploads/2025/07/Homilia-Sal-2025-1.mp4https://diocesemindelo.org/wp-content/uploads/2025/07/Homilia-Sal-2025-2.mp4 Pode ver aqui alguns registos do dia.

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“Rerum digitalium”, uma releitura com os Papas da encíclica de Leão XIII

“Rerum digitalium”, uma releitura com os Papas da encíclica de Leão XIII Passaram-se 134 anos desde a publicação da “Rerum Novarum”, documento promulgado em 15 de maio de 1891. Por ocasião do aniversário de promulgação desta encíclica, também foram publicadas encíclicas de outros Pontífices. Pouco depois de sua eleição, o Papa Prevost enfatizou que a Igreja, inspirando-se no patrimônio da Doutrina Social, é chamada a responder a “outra revolução industrial e ao desenvolvimento da inteligência artificial”. Amedeo Lomonaco – Vatican News O Papa Leão XIII, com a encíclica Rerum Novarum, abordou “a questão social no contexto da primeira grande revolução industrial. Hoje, a Igreja oferece a todos o seu patrimônio de doutrina social para responder a uma nova revolução industrial e ao desenvolvimento da inteligência artificial, que traz novos desafios para a defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho”. Ao encontrar os cardeais em 10 de maio, o Papa Prevost explicou com estas palavras a escolha de “assumir o nome de Leão XIV”. O caminho indicado é, portanto, o da doutrina social, a ser percorrido mesmo nesta era dominada por desequilíbrios econômicos e novos desafios. A atualidade da Rerum NovarumEm nossa época, como naquela do final do século XIX, o mundo do trabalho é um dos pilares que sustentam o tecido social. Relendo a encíclica do Papa Pecci, focada nas condições das massas operárias, e situando essas reflexões no contexto atual, podemos projetar uma espécie de “Rerum digitalium”, uma releitura das “coisas digitais”: seguindo o caminho traçado por Leão XIII, podemos, de fato, considerar a questão do trabalho e dos direitos dos trabalhadores à luz das profundas mudanças trazidas pelas novas tecnologias. A encíclica do Papa Pecci, na qual a mensagem cristã encontra a modernidade, é um texto que também fala aos homens e mulheres de hoje. A verdadeira vida é a do mundo vindouroA encíclica Rerum Novarum foi promulgada há exatamente 134 anos, mas sua mensagem transcende as décadas e o limiar do terceiro milênio. “As coisas temporais não podem ser compreendidas e avaliadas adequadamente se a alma não se elevar a outra vida, isto é, à vida eterna, sem a qual a verdadeira noção de bem moral necessariamente se desvanece, de fato, toda a criação se torna um mistério inexplicável. O que a própria natureza nos dita, portanto, no cristianismo, é um dogma sobre o qual todo o edifício da religião se apoia como seu principal fundamento: isto é, que a verdadeira vida do homem é a do mundo vindouro”. Estas palavras dirigidas pelo Papa Leão XIII aos homens do final do século XIX ressoam mesmo nesta era digital: “Quer você tenha riquezas e outros bens terrenos em abundância, ou que não os tenha, isso não importa para a felicidade eterna; mas o bom ou mau uso desses bens, isso é o que mais importa”, escreve o Papa Pecci. A Doutrina Social da Igreja e os tempos modernosA tradição das encíclicas sociais, na fase moderna, inicia-se, portanto, com a Rerum Novarum de Leão XIII, atestando a preocupação dos Papas, em diferentes contextos históricos, com as questões sociais e econômicas. A encíclica promulgada em 1891 inaugura a era da modernidade da doutrina social da Igreja. O documento do Papa Leão XIII insere-se num contexto em que o trabalho era concebido como mercadoria. O mundo do trabalho mudou muito, mas os direitos dos trabalhadores ainda precisam ser salvaguardados. Entre os riscos associados às novas tecnologias, e em particular à inteligência artificial, encontram-se os das novas formas de escravidão e exploração. Ao lado das sombras, encontram-se também muitas luzes ligadas às oportunidades que esta era digital pode oferecer a toda a família humana e, em particular, às novas gerações. Buscadores da verdade e da fraternidadeA encíclica Rerum Novarum enfatiza que o fator discriminante é o bom ou mau uso dos bens. Este critério é igualmente válido para a abordagem a ser seguida hoje no uso das tecnologias digitais. O Papa Leão XIII também escreve que todos os homens “estão unidos pelo vínculo de uma santa fraternidade”. Viver a fraternidade significa compreender que “os bens da natureza e da graça são patrimônio comum do gênero humano”. Se todos são filhos, acrescenta o Papa Pecci, são também herdeiros: “Herdeiros de Deus e coerdeiros com Jesus Cristo (Rm 8,17). Este é o ideal de direitos e deveres contido no Evangelho”. É o mesmo ideal indicado pelo Papa Francisco na encíclica Fratelli tutti: o de uma fraternidade humana. Como afirmou Leão XIV ao se encontrar com os cardeais em 10 de maio, o Evangelho deve nos impelir a buscar “com alma sincera a verdade, a justiça, a paz e a fraternidade”. Que o trabalho não debilite o homemNa encíclica Rerum Novarum, o Papa Leão XIII se concentra nas difíceis condições de trabalho dos operários industriais. “Não é justo nem humano”, afirma o documento, “exigir do homem tanto trabalho a ponto de sua mente se tornar entorpecida por excesso de fadiga e seu corpo enfraquecer. Como sua natureza, a atividade humana é limitada e circunscrita dentro de limites bem estabelecidos, além dos quais ele não pode ir. O exercício e o uso a aprimoram, sob a condição, porém, de que seja suspensa de tempos em tempos para dar lugar ao descanso. O trabalho, portanto, não deve ser prolongado além dos limites das próprias forças.” Outra questão presente na encíclica de 1891 é a da educação para a economia. “Quando o trabalhador recebe um salário suficiente para manter a si mesmo e sua família com certo grau de conforto, se for sábio, naturalmente pensará em poupar.” Essas são reflexões atuais para serem relidas também em nosso tempo, frequentemente marcado por fronteiras nem sempre bem definidas entre trabalho e vida pessoal. Até mesmo o tema da economia, vista como instrumento capaz de sustentar a família, é muito atual e não marginal, pois se trata de dar o devido valor ao salário, hoje cada vez mais agredido pelo consumismo desenfreado. O caminho da caridadeO tema central da encíclica Rerum Novarum é a instauração de uma ordem

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Diocese de Santiago | Jubileu das crianças 2025

Jubileu das Crianças 2025 – Crescer na fé, rumo aos 500 anos da Diocese! A Diocese de Santiago no âmbito do decénio celebrativo dos 500 anos da sua criação está a promover o Jubileu das Crianças e Adolescentes. É o desejo da nossa diocese irmã proporcionar o Dia da Criança ainda mais especial.O encontro está marcado para o dia 01 de junho para o Jubileu Diocesano das Crianças e Adolescentes de Santiago, um dia inteiro dedicado aos mais pequenos, com momentos de oração, amizade e muita diversão. Toda a programação está prevista a acontecer no Estádio Nacional, começando assim pelas nove horas da manhã.Esta atividade está a contar com a presença dos familiares das crianças e amigos para celebrar o Jubileu das Crianças e Adolescentes. https://diocesemindelo.org/wp-content/uploads/2025/05/Dia-Jubilar-de-criancas-e-adolescentes.mp4

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Papa Leão XIV: brasão e lema

Papa Leão XIV: publicados brasão e lema “In Illo uno unum” são as palavras, pronunciadas em um sermão por Santo Agostinho, que o Pontífice escolheu como seu lema episcopal. Uma referência ao Bispo de Hipona também no brasão, com a imagem de um livro fechado sobre o qual repousa um coração transpassado por uma flecha. Foram publicados neste sábado, 10 de maio, o brasão e o lema do Papa Leão XIV, assim como a foto oficial do Pontífice recém-eleito. O brasão representa um escudo dividido diagonalmente em dois setores: o superior tem um fundo azul e nele está representado uma flor-de-lis (lírio branco); o inferior tem um fundo claro e apresenta uma imagem que remete à Ordem de Santo Agostinho: um livro fechado sobre o qual há um coração transpassado por uma flecha. A imagem remete à experiência de conversão de Santo Agostinho, que ele próprio explicava com as palavras “Vulnerasti cor meum verbo tuo”, “Feriste meu coração com a tua Palavra”. Nos traços essenciais, portanto, Leão XIV confirmou o brasão anterior, escolhido por ocasião de sua consagração episcopal, bem como o lema “In Illo uno unum”. Trata-se das palavras que Santo Agostinho pronunciou em um sermão, a Exposição sobre o Salmo 127, para explicar que “embora nós cristãos sejamos muitos, no único Cristo somos um”. Em uma entrevista aos meios de comunicação vaticanos em julho de 2023, o próprio Prevost explicava: “Como se depreende do meu lema episcopal, a unidade e a comunhão fazem parte justamente do carisma da Ordem de Santo Agostinho e também do meu modo de agir e pensar. Acredito que é muito importante promover a comunhão na Igreja, e sabemos bem que comunhão, participação e missão são as três palavras-chave do Sínodo. Portanto, como agostiniano, para mim, promover a unidade e a comunhão é fundamental. Santo Agostinho fala muito sobre a unidade na Igreja e sobre a necessidade de vivê-la.” In Vatican News

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