Papa Francisco

«Dilexi Te»: Primeira exortação de Leão XIV assume legado social de Francisco

«Dilexi Te»: Primeira exortação de Leão XIV assume legado social de Francisco Papa reforça proposta de «Igreja pelos pobres e com os pobres», publicando documento preparado pelo seu antecessor Foto: Vatican Media Cidade do Vaticano, 09 out 2025 (Ecclesia) – Leão XIV publicou hoje a primeira exortação apostólica do pontificado, ‘Dilexi Te’, na qual assume o legado pastoral e social de Francisco, numa reflexão sobre a relação da Igreja com os pobres. “Em continuidade com a Encíclica Dilexit nos, o Papa Francisco, nos últimos meses da sua vida, estava a preparar uma exortação apostólica sobre o cuidado da Igreja pelos pobres e com os pobres, intitulada Dilexi te, imaginando Cristo a dirigir-se a cada um deles dizendo: Tens pouca força, pouco poder, mas «Eu te amei»”, explica o Papa, eleito a 8 de maio deste ano, pouco mais de duas semanas após a morte de Francisco (21 de abril). O título ‘Dilexi Te’ (Eu amei-te, em português) é retirado de uma passagem do último livro da Bíblia, o Apocalipse (Ap 3, 9). “Ao receber como herança este projeto, sinto-me feliz ao assumi-lo como meu – acrescentando algumas reflexões – e ao apresentá-lo no início do meu pontificado, partilhando o desejo do meu amado predecessor de que todos os cristãos possam perceber a forte ligação existente entre o amor de Cristo e o seu chamamento a tornarmo-nos próximos dos pobres”, escreve Leão XIV. A reflexão sublinha a “opção preferencial pelos pobres”, uma expressão que se generalizou na Igreja Católica a partir da América Latina – onde Francisco nasceu e onde o atual Papa foi missionário e bispo – como uma dimensão teológica, e não apenas social, na vida da Igreja. “A condição dos pobres representa um grito que, na história da humanidade, interpela constantemente a nossa vida, as nossas sociedades, os sistemas políticos e económicos e, sobretudo, a Igreja. No rosto ferido dos pobres encontramos impresso o sofrimento dos inocentes e, portanto, o próprio sofrimento de Cristo”, sustenta a encíclica. Na linha do seu antecessor, Leão XIV defende o ideal de uma Igreja humilde, fiel à sua vocação de serviço aos necessitados, inspirando-se em figuras como São Francisco de Assis e os membros das ordens mendicantes, surgidas no século XIII. “A Igreja é luz quando se despoja de tudo, a santidade passa por um coração humilde e dedicado aos pequenos”, refere, falando numa “revolução evangélica, na qual o estilo de vida simples e pobre se converte em sinal profético para a missão”. Jesus é um mestre itinerante, cuja pobreza e precaridade são sinais do vínculo com o Pai e são pedidas também a quem deseja segui-lo no caminho do discipulado, precisamente para que a renúncia aos bens, às riquezas e às seguranças deste mundo seja um sinal visível do ter-se confiado a Deus e à sua providência.” O Papa enfatiza que a Igreja deve assumir “uma decidida e radical posição em favor dos mais fracos”, num texto em que retoma a tradição bíblica e patrística (teólogos da antiguidade cristã), convidando a reconhecer os pobres como “carne de Cristo” e “modo fundamental de encontro com o Senhor da história”. “A caridade não é uma via opcional, mas o critério do verdadeiro culto”, aponta. A exortação apostólica assume críticas dentro e fora da Igreja a esta mensagem em defesa dos mais frágeis. “Observar que o exercício da caridade é desprezado ou ridicularizado, como se fosse uma fixação somente de alguns e não o núcleo incandescente da missão eclesial, faz-me pensar que é preciso ler novamente o Evangelho, para não se correr o risco de o substituir pela mentalidade mundana”, adverte o pontífice. Leão XIV sustenta que os pobres não são apenas destinatários de assistência, destacando a “necessidade de considerar as comunidades marginalizadas como sujeitos capazes de criar cultura própria”. Existem muitas formas de pobreza: a daqueles que não têm meios de subsistência material, a pobreza de quem é marginalizado socialmente e não possui instrumentos para dar voz à sua dignidade e capacidades, a pobreza moral e espiritual, a pobreza cultural, aquela de quem se encontra em condições de fraqueza ou fragilidade seja pessoal seja social, a pobreza de quem não tem direitos, nem lugar, nem liberdade”. O primeiro Papa da Ordem de Santo Agostinho, da qual foi responsável mundial, escreve que “numa Igreja que reconhece nos pobres o rosto de Cristo e nos bens o instrumento da caridade, o pensamento agostiniano permanece uma luz segura”. “Hoje, a fidelidade aos ensinamentos de Agostinho exige não só o estudo de suas obras, mas a predisposição para viver com radicalidade o seu apelo à conversão que inclui necessariamente o serviço da caridade”, indica. A ‘Dilexi Te’ está dividida em 121 pontos, com quase 60 citações de Francisco, entre as 129 notas do texto. “Devemos sentir a urgência de convidar todos a entrar neste rio de luz e vida que provém do reconhecimento de Cristo no rosto dos necessitados e dos sofredores. O amor pelos pobres é um elemento essencial da história de Deus conosco e irrompe do próprio coração da Igreja como um apelo contínuo ao coração dos cristãos, tanto das suas comunidades, como de cada um individualmente”, apela Leão XIV. Uma exortação apostólica é um documento formal do Papa dirigido principalmente aos católicos, sem se limitar a eles, cujo objetivo principal é orientar os destinatários sobre um tema específico – neste caso, “o amor para com os pobres” –, estimulando a reflexão e a ação. Uma exortação apostólica é um documento formal do Papa dirigido principalmente aos católicos, cujo objetivo principal é orientar os destinatários sobre um tema específico – neste caso, “o amor para com os pobres” -, estimulando a reflexão e a ação. Sem o peso oficial de uma encíclica, o documento papal mais solene, cada exortação apostólica é vista como um texto que expressa diretamente a visão do pontífice sobre o tema em análise. OC In Agência Ecclesia

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Rogito do Papa Francisco

Rogito do Papa Francisco: “Peregrino da esperança, guia e companheiro de caminho” Na caixão do Papa Francisco vai o rogito. O rogito é um documento que é redigido pelo mestre das celebrações litúrgicas da Santa Sé em latim após a morte de um papa que comporta, de forma resumida, os detalhes importante da sua vida (papal) e que é colocado num tubo de metal com moedas cunhadas durante o seu pontificado. “Conosco peregrino da esperança, guia e companheiro de caminho rumo à grande meta à qual somos chamados, o Céu, no dia 21 de abril do Ano Santo de 2025, às 7h35 da manhã, enquanto a luz da Páscoa iluminava o segundo dia da Oitava, Segunda-feira do Anjo, o amado Pastor da Igreja, Francisco, passou deste mundo para o Pai. Toda a Comunidade cristã, especialmente os pobres, louvava a Deus pelo dom de seu serviço prestado com coragem e fidelidade ao Evangelho e à mística Esposa de Cristo. Francisco foi o 266º Papa. Sua memória permanece no coração da Igreja e da humanidade inteira. Jorge Mario Bergoglio, eleito Papa em 13 de março de 2013, nasceu em Buenos Aires em 17 de dezembro de 1936, filho de imigrantes piemonteses: seu pai, Mario, era contador, funcionário das ferrovias, enquanto sua mãe, Regina Sivori, cuidava da casa e da educação dos cinco filhos. Formado como técnico químico, escolheu depois o caminho do sacerdócio, entrando inicialmente no seminário diocesano e, em 11 de março de 1958, ingressando no noviciado da Companhia de Jesus. Estudou humanidades no Chile e, de volta à Argentina em 1963, formou-se em filosofia no Colégio São José, em San Miguel. Foi professor de literatura e psicologia nos colégios da Imaculada Conceição de Santa Fé e no Colégio do Salvador em Buenos Aires. Recebeu a ordenação sacerdotal em 13 de dezembro de 1969 do arcebispo Ramón José Castellano e, em 22 de abril de 1973, fez a profissão perpétua como jesuíta. Após ser mestre de noviços em Villa Barilari, San Miguel, professor de teologia, consultor da província da Companhia de Jesus e reitor do colégio, em 31 de julho de 1973 foi nomeado provincial dos jesuítas da Argentina. Depois de 1986 passou alguns anos na Alemanha para concluir sua tese de doutorado e, de volta à Argentina, tornou-se colaborador próximo do cardeal Antonio Quarracino. Em 20 de maio de 1992, João Paulo II o nomeou bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires. Escolheu como lema episcopal Miserando atque eligendo e em seu brasão inseriu o cristograma IHS, símbolo da Companhia de Jesus. Em 3 de junho de 1997 foi promovido a Arcebispo Coadjutor de Buenos Aires e, com a morte do cardeal Quarracino, sucedeu-lhe em 28 de fevereiro de 1998 como Arcebispo, Primaz da Argentina, ordinário dos fiéis de rito oriental no país, grão-chanceler da Universidade Católica. João Paulo II o criou cardeal no Consistório de 21 de fevereiro de 2001, com o título de São Roberto Belarmino. Em outubro seguinte, foi relator geral adjunto da décima Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. Foi um pastor simples e muito querido em sua Arquidiocese, que percorria amplamente, inclusive usando metrô e ônibus. Morava em um apartamento e preparava ele mesmo sua janta, porque se sentia como qualquer outro. Eleito Papa pelos cardeais reunidos em Conclave após a renúncia de Bento XVI, em 13 de março de 2013, escolheu o nome Francisco, porque, seguindo o exemplo do santo de Assis, queria ter um olhar prioritário para com os mais pobres do mundo. Da sacada das bênçãos se apresentou com as palavras: “Irmãos e irmãs, boa noite! E agora, comecemos este caminho: bispo e povo. Este caminho da Igreja de Roma, que preside na caridade todas as Igrejas. Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós.” E, depois de inclinar a cabeça, disse: “Peço que vocês rezem ao Senhor para que me abençoe: a oração do povo pedindo a Bênção para seu Bispo.” No dia 19 de março, Solenidade de São José, iniciou oficialmente seu ministério Petrino. Sempre atento aos últimos e aos excluídos da sociedade, Francisco, assim que foi eleito, escolheu viver na Domus Sanctae Marthae, pois não conseguia ficar longe do contato com as pessoas e, desde a primeira Quinta-feira Santa, quis celebrar a Missa in Coena Domini fora do Vaticano, indo a prisões, centros de acolhida de deficientes ou dependentes químicos. Recomendava aos sacerdotes estarem sempre disponíveis para administrar o sacramento da misericórdia, a terem coragem de sair das sacristias para procurar a ovelha perdida e a manterem abertas as portas da igreja para acolher quem buscasse o Rosto de Deus Pai. Exerceu o ministério Petrino com incansável dedicação ao diálogo com muçulmanos e com representantes de outras religiões, convocando-os para encontros de oração e assinando Declarações conjuntas em prol da concórdia entre os membros das diferentes religiões, como o Documento sobre a Fraternidade Humana, assinado em 4 de fevereiro de 2019 em Abu Dhabi com o líder sunita al-Tayyeb. Seu amor pelos últimos, idosos e crianças levou-o a instituir as Jornadas Mundiais dos Pobres, dos Avós e das Crianças. Instituiu também o Domingo da Palavra de Deus. Mais que qualquer Antecessor, ampliou o Colégio dos Cardeais, convocando dez Consistórios nos quais criou 163 cardeais, dos quais 133 eleitores e 30 não eleitores, provenientes de 73 países, sendo 23 deles representados por um cardeal pela primeira vez. Convocou cinco Assembleias do Sínodo dos Bispos: três gerais ordinárias, dedicadas à família, aos jovens e à sinodalidade; uma extraordinária, também sobre a família; e uma especial para a região Pan-Amazônica. Sua voz ergueu-se várias vezes em defesa dos inocentes. Com a pandemia da Covid-19, na noite de 27 de março de 2020, quis rezar sozinho na Praça São Pedro, cujo colunato simbolicamente abraçava Roma e o mundo, pela humanidade assustada e ferida pelo desconhecido. Os últimos anos do pontificado foram marcados por inúmeros apelos pela paz, contra a Terceira Guerra Mundial em pedaços em curso em diversos países, especialmente na Ucrânia, bem como na Palestina, Israel, Líbano e Mianmar. Após a internação

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Testamento do Santo Padre Francisco

Testamento do Santo Padre Francisco Papa Francisco  Miserando atque Eligendo Em Nome da Santíssima Trindade. Amém. Sentindo que se aproxima o ocaso da minha vida terrena e com viva esperança na Vida Eterna, desejo expressar a minha vontade testamentária somente no que diz respeito ao local da minha sepultura. Sempre confiei a minha vida e o ministério sacerdotal e episcopal à Mãe do Nosso Senhor, Maria Santíssima. Por isso, peço que os meus restos mortais repousem, esperando o dia da ressurreição, na Basílica Papal de Santa Maria Maior. Desejo que a minha última viagem terrena se conclua precisamente neste antiquíssimo santuário Mariano, onde me dirigia para rezar no início e fim de cada Viagem Apostólica, para entregar confiadamente as minhas intenções à Mãe Imaculada e agradecer-Lhe pelo dócil e materno cuidado. Peço que o meu túmulo seja preparado no nicho do corredor lateral entre a Capela Paulina (Capela da Salus Populi Romani) e a Capela Sforza desta mesma Basílica Papal, como indicado no anexo. O túmulo deve ser no chão; simples, sem decoração especial e com uma única inscrição: Franciscus. As despesas para a preparação da minha sepultura serão cobertas pela soma do benfeitor que providenciei, a ser transferida para a Basílica Papal de Santa Maria Maior e para a qual dei instruções apropriadas ao Arcebispo Rolandas Makrickas, Comissário Extraordinário do Cabido da Basílica. Que o Senhor dê a merecida recompensa àqueles que me quiseram bem e que continuarão a rezar por mim. O sofrimento que esteve presente na última parte de minha vida eu o ofereço ao Senhor pela paz no mundo e pela fraternidade entre os povos. Santa Marta, 29 de junho de 2022 In Vatican News

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Comunicado | A Páscoa do Papa Francisco

COMUNICADO A PÁSCOA DO PAPA FRANCISCO Cristo Ressuscitou! Aleluia!A Diocese de Mindelo, com a noticia emitida esta manha pela Santa Sé em como o Papa Francisco pelas 7h35 de Roma tinha regressado 4 Casa do Pai, ou seja, tinha falecido, vem manifestar o seu profundo pesar pela partida deste pastor que foi um pai, um amigo e um irmão próximo do seu rebanho, de toda a humanidade e, particularmente um amigo dos pobres, dos oprimidos, dos imigrantes e dos injustiçados.O Papa Francisco foi um dom e uma bênção para a Igreja e para a humanidade, em tempos verdadeiramente conturbados e difíceis.Recordamos o Papa Francisco com muita gratidão e carinho; pois ele foi nos nossos dias uma autêntica encarnação do Evangelho de Jesus Cristo: O seu amor pelos pobres, a luta e os esforços incansáveis pela justiça social e pela paz e o empenho para fazer da Igreja, uma Igreja sinodal que caminha e conta com todos, s4o marcas indeléveis do seu pontificado de 12 anos.Foi o Papa que procurou mostrar-nos o rosto misericordioso de Deus, que é Pai de todos e que sonha com uma humanidade onde todos, todos, todos tenham direito a dignidade de filhos de Deus e a habitarem fraternalmente este planeta; Papa da proximidade, procurou unir as religiões e os povos na variedade das suas culturas.O Papa Francisco nutria um carinho muito especial pelo povo de Cabo Verde, por isso, somos particularmente gratos e 0 confiamos aos cuidados eternos do Bom Pastor e da Virgem Maria, Mãe da Esperança.O bispo de Mindelo, neste dia do falecimento do Papa Francisco, vai presidir 4 missa de sufrágio pela sua alma, na Pró-Catedral de Nossa Senhora da Luz, pelas 18h00 e convida todos os sacerdotes, diáconos, religiosos(as) e fiéis a participarem nesta celebração de gratidão, suplica e esperança na Vida que não tem fim. Paz a sua alma! Mindelo, 21 de Abril de 2025, Segunda-feira da Oitava da Páscoa † Ildo Fortes, Bispo de Mindelo

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Jubileu 2025: «A porta da esperança foi escancarada para o mundo», afirmou o Papa Francisco após passar pela Porta Santa

Jubileu 2025: «A porta da esperança foi escancarada para o mundo», afirmou o Papa Francisco após passar pela Porta Santa Missa da Noite de Natal assinalou o início ano jubilar 27.º jubileu ordinário da história da Igreja Católica Foto Remo Casilli/EPA/Lusa Cidade do Vaticano, 24 dez 2024 (Ecclesia) – Cidade do Vaticano, 24 dez 2024 (Ecclesia) – O Papa Francisco afirmou hoje na homilia da Missa da Noite de Natal, que assinalou o início do Ano Jubilar com a abertura da Porta Santa, que a “esperança foi escancarada para o mundo”. “Esta é a noite em que a porta da esperança foi escancarada para o mundo; esta é a noite em que Deus diz a cada um: há esperança também para ti”, afirmou o Papa. Francisco presidiu à Missa com rito de abertura da Porta Santa, uma tradição com 600 anos e que marca o início solene do Jubileu 2025, que coincide com a celebração dos 1700 anos do primeiro concílio ecuménico, o Concílio de Niceia, que afirmou a divindade de Jesus, Filho de Deus. O Papa, transportado em cadeira de rodas, passou a Porta Santa acompanhado por representantes de católicos dos cinco continentes e também por membros de outras Igrejas e comunhões cristãs presentes em Roma, “sinal visível da fé que todos os cristãos partilham em Jesus Cristo, o Verbo feito carne”, indica uma nota do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos enviada à Agência ECCLESIA. De acordo o documento, a passagem do limiar da Porta Santa por parte dos representantes de Igrejas ecuménicas não é uma “tentativa de os associar a elementos do Jubileu, como a indulgência jubilar, que não estão de acordo com as práticas das suas respetivas comunidades”. A celebração da Noite de Natal começou no exterior da Basílica de São Pedro, com um momento de preparação que inclui a leitura de três textos do Antigo Testamento – livros do Génesis, Isaías e Miqueias – que “anunciam a vinda de Cristo Salvador”. A abertura da Porta Santa acontece, tradicionalmente, na celebração do nascimento de Jesus, incluindo o “anúncio do Natal”. Antes da Missa, decorreu o rito que marca o início do Jubileu, “tempo da misericórdia e do perdão”, iniciando-se com uma antífona, seguida da oração do Papa, para que “se abra a cada homem e mulher o caminho da esperança que não desilude”. Foto Ettore Ferrari/EPALusa Após a leitura de uma passagem do Evangelho segundo São João, Francisco aproximou-se da Porta Santa, altura em que decorre o diálogo explicativo da abertura ritual: “Esta é a porta do Senhor: por ela entram os justos. Abri-me as portas da justiça: entrarei nelas para dar graças ao Senhor” (Salmo 118). O Papa vai abriu a porta em silêncio, recolhendo-se em oração, seguindo-se o toque dos sinos, entrando depois na Basílica acompanhado por representantes de católicos dos cinco continentes e por convidados de outras confissões cristãs, ao som do hino jubilar, “Peregrinos da Esperança”. Na bula de proclamação do 27.º jubileu ordinário da história da Igreja Católica, intitulada ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude), o Papa Francisco propõe um cessar-fogo global e o perdão das dívidas aos países pobres. “Que o primeiro sinal de esperança se traduza em paz para o mundo, mais uma vez imerso na tragédia da guerra”, escreve Francisco, que defende também uma amnistia para os presos, como sinal de esperança, anunciando que vai abrir uma porta santa numa cadeia. Depois da Missa da Noite de Natal, no Vaticano, decorre o evento ‘Note del Natale – Speciale Giubileo’ (Notas de Natal – Especial Jubileu), uma celebração cultural com transmissão desde a Praça de São Pedro, com a presença de Andrea Bocelli, Claudio Baglioni, Giovanni Allevi, o coro da Capela Juliana da Basílica de São Pedro, a violinista Anastasiya Petryshak e o bailarino Roberto Bolle. OC/PR (Notícia atualizada às 19h14) Fonte: Agência Ecclesia

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Papa: Acutis e Frassati serão santos no Jubileu. No Vaticano, evento sobre direitos das crianças

Papa: Acutis e Frassati serão santos no Jubileu. No Vaticano, evento sobre direitos das crianças Francisco, ao final da Audiência Geral, anunciou a canonização dos dois jovens leigos em 2025: Acutis no Jubileu das Crianças e dos Adolescentes, Frassati no Jubileu dos Jovens. O Pontífice também divulgou que, em 3 de fevereiro, será realizado no Vaticano um Encontro Mundial dos Direitos das Crianças: “uma oportunidade para identificar novas maneiras de ajudar, proteger milhões de menores explorados, abusados e que sofrem as consequências dramáticas das guerras”.  Salvatore Cernuzio – Vatican News O millennial e o estudante, ambos serão santos durante o Jubileu. Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati, modelos e pontos de referência para a fé de milhares de jovens em todo o mundo, serão canonizados no próximo ano: Acutis no Jubileu dos Adolescentes, que será realizado de 25 a 27 de abril; Frassati no Jubileu dos Jovens, de 28 de julho a 3 de agosto. O Papa anunciou a novidade na manhã desta quarta-feira (20/11) ao final da Audiência Geral, provocando aplausos na Praça de São Pedro, repleta de milhares de fiéis abrigados sob guarda-chuvas. Entre eles, também algumas crianças do comitê organizador de um grande evento que será promovido no Vaticano em 3 de fevereiro: o Encontro Mundial sobre os Direitos das Crianças, intitulado “Vamos amá-las e protegê-las”, que contará com a participação de especialistas e personalidades de diferentes países. A iniciativa também foi anunciada por Francisco no final da audiência deste 20 de novembro, Dia Universal dos Direitos da Criança instituído pela ONU. Outra notícia, fora do programa, que também foi recebida com forte aplauso e por um convite do Papa para um grupo de crianças se juntar a ele para cumprimentos e fotos. Francisco acrescentou: Será uma oportunidade para encontrar novas maneiras para ajudar, proteger milhões de crianças que ainda não têm direitos, que vivem em condições precárias, são exploradas e abusadas e sofrem as consequências dramáticas das guerras. Um evento no Vaticano pelos direitos das crianças “Há um grupo de crianças que está preparando esse dia. Obrigado a todos vocês que estão fazendo isso!”, disse o Papa, apontando para o pequeno grupo de meninos e meninas usando bonés amarelos e carregando o cartaz ‘Ruoti per la Pace’, acompanhados pelo Padre Enzo Fortunato e Aldo Cagnoli, ambos organizadores da famosa JMC, a primeira Jornada Mundial das Crianças realizada em maio no Estádio Olímpico de Roma. Imediatamente após as palavras do Papa, uma menina correu primeiro em direção aos degraus da Basílica: “e vocês podem ver que há uma corajosa…”, sorriu Francisco. “Agora vêm todos!”, exclamou ela ao ver todo o grupo correndo em direção a ele para agradecê-lo, em nome de todas as crianças, pela importante iniciativa que, além da JMC, de alguma forma dá continuidade ao compromisso da Cúpula de 2019 sobre a Proteção de Menores no Vaticano. As canonizações O pequeno Francisco (“Você se chama como eu!”, exclamou o Papa) e todos os outros apertaram a mão do Pontífice e tiraram uma foto juntos. Logo depois, Jorge Mario Bergoglio, ainda pensando nos pequenos, fez o anúncio das duas canonizações: “Quero dizer que no próximo ano, no Jubileu dos Adolescentes, canonizarei o Beato Carlo Acutis e, no Jubileu dos Jovens, no próximo ano, canonizarei o Beato Pier Giorgio Frassati.” Dois “jovens” santos Em 23 de maio, o Papa Francisco aprovou o decreto para a canonização de Carlo Acutis, o jovem leigo apaixonado pela Eucaristia e pela tecnologia da informação, descrito por muitos como “um influencer da santidade”. No Consistório ordinário de 1º de julho, ele havia anunciado que seria elevado às honras dos altares “em uma data a ser determinada”. O bispo de Assis, Domenico Sorrentino, havia antecipado nos últimos meses que a Providência, disse o bispo, “queria que a proclamação de sua santidade, a ’canonização’, ocorresse no ano jubilar que começará dentro de alguns meses”. Frassati, um jovem estudante de Turim, terciário dominicano e membro dos Vicentinos, da Fuci e da Ação Católica, é um dos beatos mais conhecidos entre as novas gerações de católicos, considerado um dos santos “sociais” da Itália. Membro de uma família rica, dedicado à oração e aos frágeis, era também um bom esportista: “um alpinista… sagaz”, chamou-o João Paulo II, que quis beatificar esse “menino das oito Bem-aventuranças” em 1990. Agora, outro Pontífice, de origem piemontesa, o eleva às honras dos altares em um ano dedicado a recuperar a esperança. Aquela que tanto Acutis quanto Frassati pregaram, não com palavras, mas com suas vidas. Fonte: Vatican News

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JMJ Seul 2027: Santa Sé anuncia tema e logotipo durante coletiva de imprensa

JMJ Seul 2027: Santa Sé anuncia tema e logotipo durante coletiva de imprensa Nesta terça-feira, 24 de setembro, a Santa Sé anunciou em coletiva de imprensa o tema da Jornada Mundial da Juventude Seul 2027: “Tende coragem: eu venci o mundo!” (João 16,33). O Papa Francisco escolheu esse versículo para inspirar os jovens com a mensagem de coragem e vitória em Cristo. A peregrinação dos símbolos da JMJ começará em novembro de 2024, marcando o início da preparação espiritual.  Thulio Fonseca – Vatican News   Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 24 de setembro, a Santa Sé divulgou informações sobre a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que ocorrerá em Seul, em 2027. O evento, reconhecido como o maior encontro global de jovens católicos, teve seu tema e logotipo oficialmente apresentados, junto a outros detalhes da organização.   O tema escolhido pelo Papa Francisco para a JMJ de 2027 é a passagem bíblica “Tende coragem: eu venci o mundo!” (João 16,33). Segundo o cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, esse será também o tema da Jornada Mundial da Juventude diocesana em 2026. Para a edição de 2025, o Papa definiu o versículo “Vós também dareis testemunho, porque estais comigo” (João 15,27) como inspiração. Ambos os temas, conforme o cardeal destacou, estão relacionados ao “discurso de despedida de Jesus”, que visa preparar seus discípulos para vivenciar o mistério de sua paixão, morte e ressurreição. “Esses temas refletem o testemunho e a coragem derivados da vitória Pascal de Cristo”, afirmou Farrell. Logotipo da próxima JMJ (© Dicasterio para os Leigos, a Familia e a Vida) Logotipo da JMJ Seul 2027   Dom Paul Kyung Sang Lee, bispo auxiliar de Seul e coordenador-geral da JMJ Seul 2027, apresentou o logotipo criado para a próxima edição. No centro do design, uma cruz em tons de vermelho e azul representa a vitória de Jesus sobre o mundo. O vermelho evoca o sangue dos mártires e simboliza a coragem, enquanto o azul reflete a vitalidade dos jovens e o chamado de Deus. Esses elementos remetem ao símbolo Taegeuk, presente na bandeira sul-coreana. A cor amarela, que brilha ao fundo da cruz, representa Jesus como “a luz do mundo”, em uma metáfora ao sol nascente que guia a Igreja em sua busca por unidade. O logotipo incorpora, de maneira sutil, caracteres da escrita coreana, o hangul, que formam a palavra “Seul”, além de se inspirar na arte tradicional coreana. Preparativos e peregrinação dos símbolos   Por fim, dom Paul compartilhou os avanços nos preparativos para o evento, como a formação do Comitê Organizador Local, oficializado em dezembro de 2022, e uma campanha de oração em fevereiro de 2023, que visava um bilhão de terços em intenção da JMJ.   Além disso, o cardeal Farrell anunciou que a peregrinação dos símbolos da JMJ – a Cruz dos Jovens e o ícone de Maria Salus Populi Romani – terá início no dia 24 de novembro deste ano, durante a Solenidade de Cristo Rei do Universo. Na ocasião, durante uma missa na Basílica de São Pedro presidida pelo Papa, os símbolos serão entregues aos jovens coreanos, marcando o início das atividades espirituais em preparação para o evento em Seul. Ouça a entrevista completa com Gleison de Paula Souza, secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida Expectativas para o maior evento católico do mundo   Gleison de Paula Souza, secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, em entrevista à Radio Vaticano-Vatican News, destacou a importância dos próximos temas das JMJ’s de 2025 e 2026, em preparação para o caminho rumo a Seul em 2027. De acordo com Gleison, a Igreja coreana é um testemunho vivo da fé, e o Papa convida os jovens a enfrentar suas jornadas espirituais com coragem, respeitando e vivendo a comunhão com os outros.   O secretário do dicastério também mencionou a modernidade e a forte tradição cultural da Coreia, o que, segundo ele, trará uma das maiores jornadas já vistas, não necessariamente pelo número de participantes, mas pela riqueza cultural e espiritual que a experiência oferecerá. Ouça a entrevista completa com o coordenador do Setor Juventude do Dicastério, padre Franco Galdino Preparação espiritual e cultural   O coordenador do Setor Juventude do Dicastério, padre Franco Galdino, compartilhou seu entusiasmo em relação à organização da JMJ 2027, destacando o estilo proativo e organizado da Igreja coreana. O sacerdote ressaltou que o tema “Coragem, eu venci o mundo” abrirá horizontes para uma Igreja jovem e vibrante, fortalecida pelo testemunho dos mártires coreanos, como um espaço de troca de experiências de fé entre jovens de todo o mundo.   Pe. Franco enfatizou também o impacto cultural da Coreia, mencionando que a música e as séries coreanas já têm grande influência no Brasil. Ele acredita que essa conexão cultural atrairá muitos jovens brasileiros para a JMJ, e que a Coreia, além de sua modernidade, oferecerá uma experiência de testemunho autêntico, destacando como viver a fé em uma sociedade altamente desenvolvida e tecnológica. Fonte: Vatican News

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O Papa deixa Singapura, termina a viagem à Ásia e Oceania

O Papa deixa Singapura rumo a Roma, termina a viagem à Ásia e Oceania © TIZIANA FABI/AFP via Getty Images Silvonei José – Vatican News O Papa Francisco concluiu nesta sexta-feira (13/09) o que deveria ser um duro teste em seu pontificado: a mais longa viagem internacional, 12 dias em que percorreu quatro países – Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor Leste e Singapura – e na qual, apesar de seus 87 anos e de seus problemas de mobilidade, passou sem problemas, em boa forma e sem mostrar sinais de fraqueza. A viagem, durante a qual percorreu 32 mil quilômetros, somados aos que percorreu de carro e de papamóvel entre os fiéis, as quatro mudanças de horário e os sete voos, não parecem ter afetado o Pontífice, que nesta sexta-feira se despediu de Singapura com uma visita a um lar de idosos e um encontro com os jovens, no qual mais uma vez mostrou seu bom humor. O Papa Francisco deixou Singapura às 12h25, hora local, concluindo sua 45ª viagem apostólica internacional à Ásia e à Oceania. Antes da cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional de Singapura, o Pontífice, recebido pelo Ministro da Cultura, Comunidade e Juventude, teve uma breve conversa com ele. O voo papal (A350 – Singapura Airlines) deve percorrer 9.567 Km em cerca de 12h35’’ chegando ao Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci de Roma-Fiumicino no final da tarde italiana. Durante o voo, previsto o tradicional encontro com os jornalistas para a coletiva de imprensa. Francisco nos últimos dias foi visto por centenas de milhares de pessoas e apertou a mão de muitas delas, nas longas filas que se formavam no aguardo dos diversos eventos, sem perder a paciência, parando o carro em várias ocasiões para abençoar os bebês que os pais traziam para o lado da estrada para vê-lo passar por um momento, e sempre se aproximando dos doentes para um afago. Também distribuiu doces para as crianças, uma a uma, que se exibiam cantando, dançando e tocando seus instrumentos durante suas apresentações, embora sempre em sua cadeira de rodas. Francisco, um grande amante da Ásia, seguindo os passos dos jesuítas aos quais pertence, também quis mostrar que esse continente é a esperança para a Igreja Católica. O Papa voltará a pegar um avião em 15 dias para viajar para a Bélgica e Luxemburgo. Fonte: Vatican News

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JMC, o desejo do Papa para as crianças do mundo: que tenham o necessário para viver

JMC, o desejo do Papa para as crianças do mundo: que tenham o necessário para viver “Se eu pudesse fazer um milagre, qual milagre eu faria? É fácil: que todas as crianças tenham o necessário para viver, comer, brincar, ir à escola. Este é o milagre que eu gostaria de fazer”, disse Francisco, ao responder a pergunta de uma criança da Indonésia, no âmbito da I Jornada Mundial das Crianças realizada no Estádio Olímpico de Roma, na tarde deste sábado.  Mariangela Jaguraba – Vatican News Neste sábado (25/05), dentro da programação da I Jornada Mundial das Crianças (JMC), o Papa Francisco foi recebido por milhares delas no Estádio Olímpico de Roma. Cerca de cinquenta mil pessoas participaram do evento.   Suas palavras iniciais foram um convite para dar o “pontapé inicial” a um movimento de meninos e meninas que querem construir um mundo de paz, “onde sejamos todos irmãos, um mundo que tem futuro, porque queremos cuidar do ambiente que nos rodeia”, disse o Pontífice.  O Papa no Estádio Olímpico para a Jornada Mundial das Crianças Uma onda de alegria “Em vocês, crianças, tudo fala de vida, de futuro, e a Igreja, que é mãe, as acolhe e as acompanha com ternura e esperança”, disse ainda Francisco. O Papa recordou que em 7 de novembro passado, teve “a alegria de acolher no Vaticano milhares de crianças provenientes de várias partes do mundo”. Naquele dia vocês trouxeram uma onda de alegria; e me fizeram suas perguntas sobre o futuro. Aquele encontro deixou uma marca no meu coração e eu entendi que aquela conversa com vocês devia continuar, devia estender-se a muitas outras crianças e adolescentes. É por isso que estamos aqui hoje: para continuar a dialogar, para fazer perguntas e dar respostas.   Tristeza por causa das guerras “Sei que vocês estão tristes com as guerras. Eu lhes faço uma pergunta: vocês estão tristes com as guerras?”, perguntou o Papa. E as crianças responderam: “Sim”!   A seguir, Francisco disse às crianças que recebeu, neste sábado, algumas crianças que “fugiram da Ucrânia e estavam sofrendo muito com as guerras”. “Algumas delas estavam feridas”. “A guerra é uma coisa boa”?, perguntou o Papa, e as crianças responderam: “Não!” “A paz, é uma coisa bonita?” “Sim!”, responderam elas. “Vocês estão tristes porque muitos de seus coetâneos não podem ir à escola. Há meninas e meninos que não podem ir à escola”, disse ainda o Papa, que acrescentou: Rezemos pelas crianças que não podem ir à escola, pelas crianças que sofrem com as guerras, pelas crianças que não têm alimento, pelas crianças que estão doentes e ninguém cuida delas. O Papa no Estádio Olímpico para a Jornada Mundial das Crianças A alegria é a saúde da alma A seguir, o Papa perguntou: “Vocês sabem qual é o lema desta Jornada Mundial das Crianças? O lema é uma frase tirada da Bíblia: ‘Eis que faço novas todas as coisas’”. “Vocês já ouviram?” As crianças respondem: “Sim!” “Esse é o lema. É lindo. Pensem: Deus quer isso, tudo o que não é novo passa. Deus é novidade. O Senhor sempre nos dá novidade”, disse o Papa. “Queridas crianças, vamos em frente e tenhamos alegria. A alegria é saúde para a alma. Queridas meninas, queridos meninos, Jesus disse no Evangelho que ama vocês. Coragem e adiante”, sublinhou Francisco que rezou uma Ave-Maria com as crianças. Gesto de paz Depois, o Papa respondeu algumas perguntas feitas pelas crianças. Jerônimo proveniente da Colômbia perguntou ao Papa se a paz é sempre possível. O Papa dirigiu a pergunta às crianças que responderam que sim e que é preciso fazer a paz quando se tem um problema na escola. É preciso perdoar e pedir desculpas. “Dar as mãos é um gesto de paz”, disse Francisco, estendendo a mão ao menino. Lia Marise do Burundi, um dos 101 países representados na Jornada Mundial das Crianças, perguntou ao Papa o que as crianças podem fazer para tornar o mundo melhor. O Papa respondeu, dizendo: não brigar, falar com gentileza, brincar juntos e ajudar os outros. “Fazendo essas coisas, o mundo será melhor”, sublinhou. O Papa no Estádio Olímpico para a Jornada Mundial das Crianças A cada criança que se aproximava dele, o Papa dava a cada uma delas um sorriso e alguns doces. “Como fazer para amar a todos. Todos. Todos?”, perguntou Ricardo, um menino cigano de Scampia. “Comecemos por amar aqueles que estão mais próximos de nós”, respondeu o Papa, “e assim vamos adiante”. Que todas as crianças tenham o necessário para viver Uma menina da Indonésia perguntou ao Papa: “Se o senhor pudesse fazer um milagre, qual escolheria?” Francisco respondeu: “Se eu pudesse fazer um milagre, qual milagre eu faria? É fácil: que todas as crianças tenham o necessário para viver, comer, brincar, ir à escola. Este é o milagre que eu gostaria de fazer.” É verdade, respondeu a Ali, do Paquistão, “que somos todos irmãos e irmãs”. “No entanto, muitas pessoas não têm casa nem trabalho”. “Por quê?”, perguntou uma criança da Nicarágua. “É o fruto da maldade, do egoísmo e da guerra”, respondeu o Pontífice. Muitos países gastam dinheiro para fabricar armas e há pessoas que não têm nada para comer. “Todos os dias, rezem pelas crianças que sofrem essa injustiça”, disse Francisco às milhares de crianças nas arquibancadas e ao redor dele, insistindo para que fazessem um minuto de silêncio pelas injustiças. O Papa no Estádio Olímpico para a Jornada Mundial das Crianças Falar com quem tem o coração duro “Como abrir o coração dos adultos?”, perguntou Ido, da Coreia do Sul. Há muita gente fechada, “com o coração duro, com o coração que parece um muro”, disse o Papa. Não é fácil, repetiu, mas vocês, crianças, devem ter esta ilusão de fazer coisas que façam os adultos pensar. Vocês devem bater às portas dos adultos e fazer essas perguntas e também fazê-las a Deus. “Vocês, crianças, podem fazer uma verdadeira revolução com essas perguntas e com essas inquietações”, exortou. “Viva os avós!” O Papa pensou também nos idosos, motivado pela

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