Papa Leão XIV

Nota doutrinal sobre os títulos marianos: Mãe do povo fiel, não Corredentora

Nota doutrinal sobre os títulos marianos: Mãe do povo fiel, não Corredentora “Mater populi fidelis” é o título da Nota doutrinária publicada esta terça-feira, 4 de novembro, pelo Dicastério para a Doutrina da Fé. Assinada pelo Prefeito, cardeal Víctor Manuel Fernández, e pelo secretário da seção doutrinária, monsenhor Armando Matteo, a Nota foi aprovada pelo Papa em 7 de outubro passado. É fruto de um longo e articulado trabalho colegiado. Trata-se de um documento doutrinal sobre a devoção mariana, com foco na figura de Maria, associada à obra de Cristo como Mãe dos fiéis. A Nota fornece um importante fundamento bíblico para a devoção a Maria, além de reunir diversas contribuições dos Padres, dos Doutores da Igreja, dos elementos da tradição oriental e do pensamento dos últimos Pontífices. Dentro desse quadro positivo, o texto doutrinal analisa diversos títulos marianos, valorizando alguns deles e alertando para o uso de outros. Títulos como Mãe dos fiéis, Mãe espiritual e Mãe do povo fiel são particularmente apreciados pela Nota. O título de Corredentora, por sua vez, é considerado impróprio e inadequado. O título de Mediadora é considerado inaceitável quando assume um significado que é exclusivo de Jesus Cristo, mas é considerado precioso quando expressa uma mediação inclusiva e participativa que glorifica o poder de Cristo. Os títulos de Mãe da graça e Mediadora de todas as graças são considerados aceitáveis ​​em alguns sentidos muito específicos, mas uma explicação particularmente ampla é oferecida em relação aos significados que podem apresentar riscos.   Essencialmente, a Nota reafirma a doutrina católica, que sempre enfatizou como tudo em Maria é direcionado para a centralidade de Cristo e sua ação salvífica. Portanto, embora alguns títulos marianos possam ser explicados por meio de uma exegese correta, considera-se preferível evitá-los. Em sua apresentação, o cardeal Fernández valoriza a devoção popular, mas adverte contra grupos e publicações que propõem um desenvolvimento dogmático particular e levantam dúvidas entre os fiéis, inclusive por meio das redes sociais. O principal problema, na interpretação desses títulos aplicados à Virgem Maria, diz respeito à forma de compreender a associação de Maria na obra da redenção de Cristo (3). Corredentora Em relação ao título “Corredentora”, a Nota recorda que alguns Papas “usaram este título sem se deterem para o explicar. Geralmente, apresentaram-no em relação à maternidade divina e em referência à união de Maria com Cristo junto à Cruz redentora. O Concílio Vaticano II decidiu não usar este título “por razões dogmáticas, pastorais e ecuménicas”. São João Paulo II “usou-o, pelo menos em sete ocasiões, ligando-o sobretudo ao valor salvífico do nosso sofrimento oferecido ao lado do de Cristo, a quem Maria está unida especialmente aos pés da Cruz” (18). O documento cita uma discussão interna na então Congregação para a Doutrina da Fé, que em fevereiro de 1996 discutiu o pedido para proclamar um novo dogma sobre Maria como “Corredentora ou Mediadora de todas as graças”. O parecer de Ratzinger era contrário: “O significado preciso dos títulos não é claro e a doutrina neles contida não está madura… Ainda não está claro como a doutrina expressa nos títulos está presente nas Escrituras e na tradição apostólica”. Posteriormente, em 2002, o futuro Bento XVI também se expressou publicamente da mesma forma: “A fórmula ‘Corredentora’ distancia-se demasiadamente da linguagem das Escrituras e da patrística e, portanto, causa mal-entendidos… Tudo vem d’Ele, como afirmam sobretudo as Epístolas aos Efésios e aos Colossenses. Maria é o que é graças a Ele.” O termo “Corredentora” obscureceria sua origem”. O cardeal Ratzinger, esclarece a Nota, não negou que houvesse boas intenções e aspectos valiosos na proposta de usar esse título, mas sustentou que se tratava de “terminologia incorreta” (19). O Papa Francisco expressou sua posição claramente contra o uso do título Corredentora pelo menos três vezes. O documento doutrinal a esse respeito conclui: “É sempre inapropriado usar o título de Corredentora para definir a cooperação de Maria. Esse título corre o risco de obscurecer a mediação salvífica única de Cristo e, portanto, pode gerar confusão e desequilíbrio na harmonia das verdades da fé cristã… Quando uma expressão requer inúmeras e contínuas explicações para evitar que se afaste do significado correto, ela não serve à fé do Povo de Deus e se torna inapropriada” (22). Medianeira A Nota enfatiza que a expressão bíblica referente à mediação exclusiva de Cristo “é peremptória”. Cristo é o único Mediador (24). Por outro lado, destaca “o uso muito comum do termo ‘mediação’ nas mais diversas esferas da vida social, onde é entendido simplesmente como cooperação, assistência, intercessão. Consequentemente, é inevitavelmente aplicado a Maria em um sentido subordinado e de modo algum pretende acrescentar qualquer eficácia ou poder à mediação única de Jesus Cristo” (25). Além disso – reconhece o documento – “é evidente que houve uma mediação real de Maria para tornar possível a verdadeira Encarnação do Filho de Deus em nossa humanidade” (26). Mãe dos fiéis e Mediadora de todas as graças A função materna de Maria “de modo algum obscurece ou diminui” a mediação única de Cristo, “mas demonstra sua eficácia”. Assim entendida, “a maternidade de Maria não pretende enfraquecer a adoração única que é devida somente a Cristo, mas antes estimulá-la”. Devemos, portanto, evitar, afirma a Nota, “títulos e expressões referentes a Maria que a apresentem como uma espécie de ‘para-raios’ diante da justiça do Senhor, como se Maria fosse uma alternativa necessária à misericórdia insuficiente de Deus” (37, b). O título de “Mãe dos fiéis” permite-nos falar de “uma ação de Maria também em relação à nossa vida de graça” (45). Devemos, no entanto, ter cuidado com expressões que possam transmitir “conteúdos menos aceitáveis” (45). O cardeal Ratzinger explicou que o título de Maria mediadora de todas as graças não se fundamenta claramente na Revelação divina e, em consonância com essa convicção – explica o documento – podemos reconhecer as dificuldades que acarreta tanto na reflexão teológica como na espiritualidade” (45). De fato, “Nenhuma pessoa humana, nem mesmo os Apóstolos ou a Virgem Santíssima, pode agir como dispensador universal da graça. Só Deus pode dar a graça e o faz através da humanidade de Cristo” (53). Títulos como Mediadora de todas as

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Divulgado o tema do Dia Mundial das Missões 2026

Divulgado o tema do Dia Mundial das Missões 2026 No dia que encerra o mês tradicionalmente dedicado às missões, é anunciado o tema escolhido pelo Santo Padre para o próximo Dia Mundial das Missões, que será celebrado em 18 de outubro de 2026, como todos os anos, no penúltimo domingo de outubro. “Um em Cristo, unidos na missão” é o tema do Dia Mundial das Missões, que no próximo ano comemora o centenário de sua instituição pelo Papa Pio XI, por sugestão da Pontifícia Obra para a Propagação da Fé.O Papa Leão XIV, no seu apelo enviado este ano em apoio ao Dia Mundial das Missões, enfatizou sua singularidade como uma ocasião privilegiada em que toda a Igreja se une em oração pelos missionários e pela fecundidade de seu trabalho apostólico. O Sumo Pontífice, recordando sua experiência pessoal como sacerdote e depois como bispo missionário no Peru, afirmou: “Vi com meus próprios olhos como a fé, a oração e a generosidade demonstradas neste Dia podem transformar comunidades inteiras”. O próximo passo na preparação para o Dia Mundial das Missões de 2026 será a divulgação da mensagem do Santo Padre nos primeiros meses do ano, que se tornará o fio condutor das muitas iniciativas para inspirar e fomentar o espírito missionário e a responsabilidade entre todos os fiéis ao longo deste ano significativo, durante o qual irá se celebrar o 110º aniversário da fundação da Pontifícia União Missionária, descrita por São Paulo VI como “a alma das outras Pontifícias Sociedades Missionárias” (Pontifícia Obra para a Propagação da Fé, Pontifícia Obra da Infância e da Adolescência Missionária, Pontifícia Obra Missionária de São Pedro Apóstolo e União Missionária). Estas quatro obras, cada uma com a sua especificidade, dedicam-se em conjunto a promover a responsabilidade missionária nos batizados e a apoiar as novas Igrejas particulares (cf. Constituição Apostólica Praedicate Evangelium Art. 67 §1).

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Divulgados o programa e o logotipo da viagem do Papa à Turquia e ao Líbano

Divulgados o programa e o logotipo da viagem do Papa à Turquia e ao Líbano A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou, nesta segunda-feira (27/10), o programa da primeira viagem do Papa Leão XIV à Turquia e ao Líbano, de 27 de novembro a 2 de dezembro, por ocasião dos 1700 anos do Primeiro Concílio de Niceia. Primeira etapa, Turquia Na quinta-feira, 27 de novembro, o Santo Padre partirá às 7h40 locais (3h40 no horário de Brasília) do Aeroporto Internacional de Roma/Fiumicino com destino a Ancara, na Turquia. A chegada está prevista para às 12h30 locais (6h30 horário de Brasília) ao Aeroporto Internacional de Ancara/Esenboğa onde se realizará a recepção oficial. Às 13h30 (7h30 de Brasília), o Santo Padre visitará o Mausoléu de Atatürk, às 14h10, haverá a cerimônia de boas-vindas no Palácio Presidencial, e às 14h40, a visita ao presidente da República. Às 15h30, Leão XIV se encontrará com as autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático. Ali, fará seu primeiro discurso. Às 17h20, o Papa se despedirá da capital no Aeroporto Internacional de Ancara/Esenboğa. Às 17h35 partirá do Aeroporto Internacional de Ancara/Esenboğa com destino a Istambul, onde chegará por volta das 19h ao Aeroporto Atatürk de Istambul. Logotipo da viagem do Papa Leão XIV à Turquia Sexta-feira, 28 de novembro Na sexta-feira, 28 de novembro, haverá o encontro de oração com os bispos, os sacerdotes, os diáconos, os consagrados, as consagradas e os agentes pastorais na Catedral do Espírito Santo, às 9h30 locais, em Istambul. Ali, o Papa fará seu segundo discurso. Às 10h40, Leão XIV visitará a Casa de Acolhimento para Idosos das Pequenas Irmãs dos Pobres. Haverá uma saudação do Santo Padre. Às 14h15, o traslado de helicóptero para Iznik, e às 15h30 o Encontro Ecumênico de Oração próximo às escavações arqueológicas da antiga Basílica de São Neófito, em Iznik. Ali, o Papa fará outro discurso. Às 16h30, o Papa voltará de helicóptero para Istambul e às 18h30 haverá o encontro privado com os bispos na Delegação Apostólica. Sábado, 29 de novembro No sábado, 29 de novembro, às 9h, Leão XIV visitará a Mesquita do Sultão Ahmet. Às 9h45, haverá o encontro privado com os chefes das igrejas e comunidades cristãs na Igreja Ortodoxa Siríaca de Mor Ephrem. Às 15h30, a Doxologia na Igreja Patriarcal de São Jorge. Ali, fará uma saudação. Às 15h50, haverá o encontro com o Patriarca Bartolomeu I e a assinatura da Declaração Conjunta no Palácio Patriarcal. Depois, às 17h haverá a Santa Missa na “Volkswagen Arena” com a homilia do Santo Padre. No domingo, 30 de novembro, o Papa fará, às 9h30, a visita de oração à Catedral Apostólica Armênia. Haverá uma saudação do Santo Padre. Às 10h30, a Divina Liturgia na Igreja Patriarcal de São Jorge. Ali, o Papa fará um discurso. Às 12h30, a Bênção Ecumênica. Às 13h, o Santo Padre almoçará com o Patriarca Bartolomeu I no Patriarcado Ecumênico. Segunda etapa, Líbano Às 14h15, se realizará a cerimônia de despedida no Aeroporto de Istambul/Atatürk. Às 14h45, o Santo Padre partirá do Aeroporto de Istambul/Atatürk para Beirute onde chegará por volta das 15h45 ao Aeroporto Internacional de Beirute. Ali, se realizará a cerimônia de boas-vindas. Logotipo da viagem do Papa Leão XIV ao Líbano Às 16h45, Leão XIV fará uma visita de cortesia ao presidente da República no Palácio Presidencial, às 17h15 haverá o encontro com o presidente da Assembleia Nacional. Às 17h30, se encontrará com o primeiro-ministro e, às 18h, se encontrará com as autoridades, a sociedade civil e o Corpo diplomático. Ali, fará um discurso. Segunda-feira, 1º de dezembro Na segunda-feira, 1º de dezembro, às 9h45 o Papa fará uma visita e rezará no túmulo de São Charbel Makluf, no Mosteiro de São Maroun, em Annaya. Haverá a saudação do Santo Padre. Às 11h20, se encontrará com os bispos, sacerdotes, consagrados e consagradas e agentes pastorais no Santuário de Nossa Senhora do Líbano, em Harissa. Ali, o Santo Padre fará um discurso. Às 12h30, o encontro privado com os Patriarcas católicos na Nunciatura Apostólica, e às 16h, o encontro Ecumênico e Inter-religioso na Praça dos Mártires, em Beirute. Ali, o Papa fará outro discurso. Às 17h45, o Santo Padre se encontrará com os jovens na praça em frente ao Patriarcado de Antioquia dos Maronitas, em Bkerké. Haverá um discurso do Santo Padre. Terça-feira, 2 de dezembro Na terça-feira, 2 de dezembro, às 8h30, Leão XIV fará uma visita aos funcionários e pacientes do Hospital “De La Croix”, em Jal ed Dib. Haverá uma saudação do Santo Padre. Às 9h30, o Santo Padre fará uma oração silenciosa no local da explosão no Porto de Beirute e, às 10h30, celebrará a Santa Missa no “Beirute Waterfront” e fará a homilia. Às 12h45, haverá a cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional de Beirute, e o discurso do Santo Padre. Às 13h15, o Papa partirá do Aeroporto Internacional de Beirute com destino a Roma onde chegará por volta das 16h10 ao Aeroporto Internacional de Roma/Fiumicino. Lemas e logotipos da viagem Além do programa, a Sala de Imprensa da Santa Sé publicou, nesta segunda-feira (27/10), os logotipos e lemas da Viagem Apostólica do Papa Leão XIV. O logotipo da viagem à Turquia  apresenta um círculo envolvendo a Ponte dos Dardanelos, aludindo ao encontro entre Ásia e Europa e a Cristo como ponte entre Deus e a humanidade. Ondas fluem sob a ponte, evocando a água batismal e o Lago Iznik; à direita, está a Cruz do Jubileu de 2025, enquanto no alto à esquerda, três círculos entrelaçados representam a Santíssima Trindade. O conjunto expressa visualmente o lema da Viagem: “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo” (Ef 4,5): o círculo simboliza a unicidade de Deus, a ponte, a única fé que une os povos, e as ondas, o batismo que regenera os filhos de Deus, convidando a construir a fraternidade e o diálogo entre Oriente e Ocidente. O logotipo da viagem ao Líbano representa o Papa com a mão direita erguida em sinal de bênção, ao seu lado uma

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Diocese de Mindelo com dois elementos no Jubileu das Equipas Sinodais em Roma, de 24 a 26 de Outubro

Diocese de Mindelo com dois elementos no Jubileu das Equipas Sinodais em Roma, de 24 a 26 de Outubro Frei José Pires e Fátima Almeida são os representantes naquele que é o evento mais aguardado dos últimos tempos, na Igreja. Trata-se do primeiro momento coletivo na fase de implementação, chamada a traduzir as diretrizes do Documento Final em escolhas pastorais e estruturais coerentes com a natureza sinodal da Igreja. O evento pretende ainda dar reconhecimento ao precioso serviço desenvolvido por esses organismos e pelas pessoas que neles trabalham, colocando a construção de uma Igreja cada vez mais sinodal no horizonte da esperança jubilar, diz um comunicado emanado da Santa Sé. O encontro marca um momento significativo da fase de implementação das diretrizes emanadas do Documento Final da XVI Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos. Segundo a Agenda, na tarde de sexta feira, 24, as equipas e os organismos de participação se encontraram com o Papa Leão XIV, na Sala Paulo VI para um diálogo, seguido por aprofundamentos sobre os temas sinodais. O dia de sábado, será dedicado à peregrinação em si e à passagem pela Porta Santa. Mais de cem pequenos grupos linguísticos partilham as suas experiências por meio do método da Conversação no Espírito. Serão ainda realizados workshops e seminários, aprofundados, 25 seminários linguísticos e 6 temáticos sobre a conversão missionária e sinodal da Igreja seguida de vigília noturna de Oração Mariana na Praça de São Pedro, aberta a todos os peregrinos em Roma. No domingo o Papa Leão XIV presidirá a Missa na Basílica Vaticana. Estima-se uma participação de aproximadamente 2 mil membros das equipes sinodais e dos organismos de participaão (conselho presbiteral, conselho pastoral, conselho para assuntos econômicos, etc.) em nível diocesano/eparquial, nacional e/ou em nível dos grupos de Igreja de todo o mundo. Da tarde de domingo, 26 até segunda-feira, 27 de outubro, se reunirá o Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo.

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Peregrinos da Diocese de Mindelo, revigorados na fé já regressaram à Cabo Verde

Peregrinos da Diocese de Mindelo, revigorados na fé já regressaram à Cabo Verde No âmbito do Jubileu de Esperança  que decorre ao longo deste ano de 2025, peregrinos da Diocese de Mindelo juntamente com o Bispo, Dom Ildo Fortes se deslocaram à Roma, Itália para celebrar o nascimento de Jesus Cristo, no centro da catolicidade.O sentimento ao percorrer as estradas, os lugares importantes da História da Igreja, revigora a fé do cristão, sentimento unânime.Entrar pelas Portas Santas, percorrer as quatro Basílicas principais, a Escada Santa, visitar as catacumbas de São Calixto, ouvir falar do santo Pier Giorgio Frassati, em Assis, encontrar com os Santos Francisco, Clara e Carlo Acutis, escutar as histórias, visitar a Rádio Vaticano e na Praça São Pedro serem saudados pelo Papa Leão XIV, foram momentos de graça, revelaram 3 dos 36 peregrinos que já regressaram á Cabo Verde.Lúcia Gracia da ilha do Fogo e residente na ilha do Sal diz regressar com a alma cheia que não consegue explicar. Experiência única, uma mistura de emoções diz outra peregrina Maria Rodrigues da ilha de Santo Antão encantada por estar em Roma 25 anos depois. Ela desenha a sensação de comunhão eclesial. Gratidão a Deus, expressa Neusa Semedo, peregrina pela primeira vez. A mesma faz questão de marcar presença nas próximas, organizadas pela Diocese de Mindelo. Lúcia Garcia, Maria Rodrigues e Neusa Semedo com testemunhos da peregrinação jubilar 2025 que aconteceu de 19 a 27 de Setembro com um itinerário: Roma e Assis, na Itália.Fátima, onde os cristãos têm Mãe e Santarém em Portugal também receberam os peregrinos que visitaram e celebraram na Basílica do Milagre Eucarístico, onde São Carlo Acutis também esteve.Peregrinação numa altura em que a Igreja de Jesus Cristo em Cabo Verde caminha para a celebração dos 500 anos da criação de Diocese de Santiago e 30 anos da Diocese de Mindelo em 2033, renovando, fazendo memória mas, com os olhos postos no futuro, em relação à evangelização.

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«Dilexi Te»: Primeira exortação de Leão XIV assume legado social de Francisco

«Dilexi Te»: Primeira exortação de Leão XIV assume legado social de Francisco Papa reforça proposta de «Igreja pelos pobres e com os pobres», publicando documento preparado pelo seu antecessor Foto: Vatican Media Cidade do Vaticano, 09 out 2025 (Ecclesia) – Leão XIV publicou hoje a primeira exortação apostólica do pontificado, ‘Dilexi Te’, na qual assume o legado pastoral e social de Francisco, numa reflexão sobre a relação da Igreja com os pobres. “Em continuidade com a Encíclica Dilexit nos, o Papa Francisco, nos últimos meses da sua vida, estava a preparar uma exortação apostólica sobre o cuidado da Igreja pelos pobres e com os pobres, intitulada Dilexi te, imaginando Cristo a dirigir-se a cada um deles dizendo: Tens pouca força, pouco poder, mas «Eu te amei»”, explica o Papa, eleito a 8 de maio deste ano, pouco mais de duas semanas após a morte de Francisco (21 de abril). O título ‘Dilexi Te’ (Eu amei-te, em português) é retirado de uma passagem do último livro da Bíblia, o Apocalipse (Ap 3, 9). “Ao receber como herança este projeto, sinto-me feliz ao assumi-lo como meu – acrescentando algumas reflexões – e ao apresentá-lo no início do meu pontificado, partilhando o desejo do meu amado predecessor de que todos os cristãos possam perceber a forte ligação existente entre o amor de Cristo e o seu chamamento a tornarmo-nos próximos dos pobres”, escreve Leão XIV. A reflexão sublinha a “opção preferencial pelos pobres”, uma expressão que se generalizou na Igreja Católica a partir da América Latina – onde Francisco nasceu e onde o atual Papa foi missionário e bispo – como uma dimensão teológica, e não apenas social, na vida da Igreja. “A condição dos pobres representa um grito que, na história da humanidade, interpela constantemente a nossa vida, as nossas sociedades, os sistemas políticos e económicos e, sobretudo, a Igreja. No rosto ferido dos pobres encontramos impresso o sofrimento dos inocentes e, portanto, o próprio sofrimento de Cristo”, sustenta a encíclica. Na linha do seu antecessor, Leão XIV defende o ideal de uma Igreja humilde, fiel à sua vocação de serviço aos necessitados, inspirando-se em figuras como São Francisco de Assis e os membros das ordens mendicantes, surgidas no século XIII. “A Igreja é luz quando se despoja de tudo, a santidade passa por um coração humilde e dedicado aos pequenos”, refere, falando numa “revolução evangélica, na qual o estilo de vida simples e pobre se converte em sinal profético para a missão”. Jesus é um mestre itinerante, cuja pobreza e precaridade são sinais do vínculo com o Pai e são pedidas também a quem deseja segui-lo no caminho do discipulado, precisamente para que a renúncia aos bens, às riquezas e às seguranças deste mundo seja um sinal visível do ter-se confiado a Deus e à sua providência.” O Papa enfatiza que a Igreja deve assumir “uma decidida e radical posição em favor dos mais fracos”, num texto em que retoma a tradição bíblica e patrística (teólogos da antiguidade cristã), convidando a reconhecer os pobres como “carne de Cristo” e “modo fundamental de encontro com o Senhor da história”. “A caridade não é uma via opcional, mas o critério do verdadeiro culto”, aponta. A exortação apostólica assume críticas dentro e fora da Igreja a esta mensagem em defesa dos mais frágeis. “Observar que o exercício da caridade é desprezado ou ridicularizado, como se fosse uma fixação somente de alguns e não o núcleo incandescente da missão eclesial, faz-me pensar que é preciso ler novamente o Evangelho, para não se correr o risco de o substituir pela mentalidade mundana”, adverte o pontífice. Leão XIV sustenta que os pobres não são apenas destinatários de assistência, destacando a “necessidade de considerar as comunidades marginalizadas como sujeitos capazes de criar cultura própria”. Existem muitas formas de pobreza: a daqueles que não têm meios de subsistência material, a pobreza de quem é marginalizado socialmente e não possui instrumentos para dar voz à sua dignidade e capacidades, a pobreza moral e espiritual, a pobreza cultural, aquela de quem se encontra em condições de fraqueza ou fragilidade seja pessoal seja social, a pobreza de quem não tem direitos, nem lugar, nem liberdade”. O primeiro Papa da Ordem de Santo Agostinho, da qual foi responsável mundial, escreve que “numa Igreja que reconhece nos pobres o rosto de Cristo e nos bens o instrumento da caridade, o pensamento agostiniano permanece uma luz segura”. “Hoje, a fidelidade aos ensinamentos de Agostinho exige não só o estudo de suas obras, mas a predisposição para viver com radicalidade o seu apelo à conversão que inclui necessariamente o serviço da caridade”, indica. A ‘Dilexi Te’ está dividida em 121 pontos, com quase 60 citações de Francisco, entre as 129 notas do texto. “Devemos sentir a urgência de convidar todos a entrar neste rio de luz e vida que provém do reconhecimento de Cristo no rosto dos necessitados e dos sofredores. O amor pelos pobres é um elemento essencial da história de Deus conosco e irrompe do próprio coração da Igreja como um apelo contínuo ao coração dos cristãos, tanto das suas comunidades, como de cada um individualmente”, apela Leão XIV. Uma exortação apostólica é um documento formal do Papa dirigido principalmente aos católicos, sem se limitar a eles, cujo objetivo principal é orientar os destinatários sobre um tema específico – neste caso, “o amor para com os pobres” –, estimulando a reflexão e a ação. Uma exortação apostólica é um documento formal do Papa dirigido principalmente aos católicos, cujo objetivo principal é orientar os destinatários sobre um tema específico – neste caso, “o amor para com os pobres” -, estimulando a reflexão e a ação. Sem o peso oficial de uma encíclica, o documento papal mais solene, cada exortação apostólica é vista como um texto que expressa diretamente a visão do pontífice sobre o tema em análise. OC In Agência Ecclesia

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São Pedro com as chaves e a rede no Anel do Pescador de Leão XIV

São Pedro com as chaves e a rede no Anel do Pescador de Leão XIV No interior do Anel do Pescador está inscrito “Leão XIV” e, na parte externa, a imagem de São Pedro com as chaves e a rede. Isso pode ser visto na foto divulgada pelo Escritório das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice, acompanhada de uma explicação. O Anel do Pescador – lê-se – será entregue ao Papa Leão XIV durante a celebração deste domingo, 18 de maio, para o início do Ministério Petrino. Nele está representada a imagem de São Pedro e é chamado “do Pescador” porque “Pedro é o apóstolo pescador que, tendo acreditado na palavra de Jesus, tirou da barca as redes da pesca milagrosa”. Tem o valor específico do anel-sigilo que autentica radicalmente a fé, tarefa confiada a Pedro de confirmar seus irmãos (cf. Lc 22, 32), tarefa que, portanto, é transmitida também ao Papa Leão XIV. Nesta sexta-feira, o Escritório das Celebrações Litúrgicas divulgou a imagem do Pálio que, juntamente com o Anel do Pescador, representam as insígnias episcopais “petrinas”. É “feito de lã branca, símbolo – lê-se na legenda que acompanha a foto – do bispo como bom Pastor e, ao mesmo tempo, do Cordeiro crucificado pela salvação da humanidade”. O Pálio é uma faixa estreita que se coloca sobre os ombros, por cima da casula, a vestimenta litúrgica. Tem duas tiras pretas pendentes à frente e atrás, é decorado com seis cruzes pretas de seda – uma em cada extremidade que desce sobre o peito e nas costas e quatro no anel que repousa sobre os ombros – e é adornado, à frente e atrás, com três alfinetes (acicula) que representam os três pregos da cruz de Cristo. In Vatican News

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Papa Leão XIV: brasão e lema

Papa Leão XIV: publicados brasão e lema “In Illo uno unum” são as palavras, pronunciadas em um sermão por Santo Agostinho, que o Pontífice escolheu como seu lema episcopal. Uma referência ao Bispo de Hipona também no brasão, com a imagem de um livro fechado sobre o qual repousa um coração transpassado por uma flecha. Foram publicados neste sábado, 10 de maio, o brasão e o lema do Papa Leão XIV, assim como a foto oficial do Pontífice recém-eleito. O brasão representa um escudo dividido diagonalmente em dois setores: o superior tem um fundo azul e nele está representado uma flor-de-lis (lírio branco); o inferior tem um fundo claro e apresenta uma imagem que remete à Ordem de Santo Agostinho: um livro fechado sobre o qual há um coração transpassado por uma flecha. A imagem remete à experiência de conversão de Santo Agostinho, que ele próprio explicava com as palavras “Vulnerasti cor meum verbo tuo”, “Feriste meu coração com a tua Palavra”. Nos traços essenciais, portanto, Leão XIV confirmou o brasão anterior, escolhido por ocasião de sua consagração episcopal, bem como o lema “In Illo uno unum”. Trata-se das palavras que Santo Agostinho pronunciou em um sermão, a Exposição sobre o Salmo 127, para explicar que “embora nós cristãos sejamos muitos, no único Cristo somos um”. Em uma entrevista aos meios de comunicação vaticanos em julho de 2023, o próprio Prevost explicava: “Como se depreende do meu lema episcopal, a unidade e a comunhão fazem parte justamente do carisma da Ordem de Santo Agostinho e também do meu modo de agir e pensar. Acredito que é muito importante promover a comunhão na Igreja, e sabemos bem que comunhão, participação e missão são as três palavras-chave do Sínodo. Portanto, como agostiniano, para mim, promover a unidade e a comunhão é fundamental. Santo Agostinho fala muito sobre a unidade na Igreja e sobre a necessidade de vivê-la.” In Vatican News

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Vaticano: Leão XIV é o novo Papa (biografia)

Vaticano: Leão XIV é o novo Papa (biografia) O cardeal Robert Francis Prevost, até agora prefeito do Dicastério para os Bispos, foi hoje eleito como Papa, após dois dias de Conclave, assumindo o nome de Leão XIV. O primeiro pontífice norte-americano, de 69 anos de idade, foi missionário e arcebispo no Peru, tendo ainda sido superior geral da Ordem de Santo Agostinho. O novo Papa nasceu a 14 de setembro de 1955 em Chicago (EUA), filho de Louis Marius Prevost, de origem francesa e italiana, e de Mildred Martínez, de origem espanhola; tem dois irmãos, Louis Martín e John Joseph. Passa a infância e a adolescência nos Estados Unidos, estudando primeiro no Seminário Menor dos Padres Agostinianos e depois na Villanova University, na Pensilvânia, onde, em 1977, obteve a licenciatura em Matemática e estudou Filosofia. A 1 de setembro do mesmo ano, em Saint Louis, entrou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho (Osa) – província de Nossa Senhora do Bom Conselho de Chicago – e fez a sua primeira profissão a 2 de setembro de 1978. A 29 de agosto de 1981, pronunciou os votos solenes e esteve na ‘Catholic Theological Union’ de Chicago, onde se formou em Teologia.; aos 27 anos, foi enviado pela sua Ordem a Roma para estudar Direito Canónico na Universidade Pontifícia de São Tomás de Aquino (Angelicum), sendo ordenado sacerdote a 19 de junho de 1982. Obteve a licenciatura em 1984 e foi enviado para trabalhar na missão de Chulucanas, Piura, Peru (1985-1986); em 1988 foi enviado à missão de Trujillo como diretor do projeto de formação comum para os aspirantes agostinianos dos Vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac. Enquanto religioso foi prior de comunidade (1988-1992), diretor de formação (1988-1998) e professor (1992-1998); na Arquidiocese de Trujillo foi vigário judicial (1989-1998), professor de Direito Canónico, Patrística e Moral no Seminário Maior “São Carlos e São Marcelo”. Em 1999, foi eleito prior provincial da Província Mãe do Bom Conselho (Chicago) e, dois anos e meio depois, o capítulo geral ordinário escolhe-o como responsável mundial da Ordem de Santo Agostinho, que exerceu durante 12 anos. O Papa Francisco nomeou-o administrador apostólico da Diocese de Chiclayo (Peru) a 3 de novembro de 2014, elevando-o à dignidade episcopal de bispo titular da Diocese de Sufar. A 7 de novembro, tomou posse canónica da diocese na presença do Núncio Apostólico e foi ordenado bispo a 12 de dezembro de 2014, festa de Nossa Senhora de Guadalupe, na Catedral da sua diocese. Escolheu como lema episcopal ‘in Illo uno unum’, tiradas de um sermão de Santo Agostinho: “embora nós, cristãos, sejamos muitos, no único Cristo somos um”. Francisco nomeou-o membro da Congregação para o Clero em 2019 e membro da Congregação para os Bispos em 2020, ano em que foi designado administrador apostólico da Diocese de Callao. No Vaticano, foi prefeito do Dicastério para os Bispos, desde 30 de janeiro de 2023, e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina. O Papa Francisco criou-o cardeal no Consistório de 30 de setembro de 2023, sendo considerado um colaborador próximo do seu antecessor, tendo sido um dos responsáveis pela gestão do Vaticano junto do Caminho Sinodal Alemão. Na Assembleia Sinodal de 2024, o agora Papa disse aos jornalistas que os trabalhos propõem uma “nova forma de fazer as coisas na Igreja”, que exige tempo. “Não devemos esperar soluções instantâneas”, referiu o colaborador do Papa, destacando a passagem de temas tidos como polémicos para os grupos de trabalhos criados por Francisco, em fevereiro do último ano. https://youtu.be/dSolFJhzYb0 Estes dez grupos de estudo abordam temas propostos pela primeira sessão sinodal, em outubro de 2023, envolvendo dicastérios da Cúria Romana, sob a coordenação da Secretaria-Geral do Sínodo, até junho de 2025. Leão XIV sublinhou que os trabalhos da sessão sinodal apontavam a necessidade de mudar o paradigma de uma “estrutura de poder”, com mais organismos de consulta, nas dioceses e paróquias. Em cima da mesa, acrescentou, está o processo de escolha de bispos e o papel dos núncios, representantes diplomáticos da Santa Sé em todo o mundo. “O processo de busca de candidatos pode ser mais sinodal, mais aberto, incluindo uma maior participação de bispos, padres, religiosas, leigos e leigas”, assinalou o então prefeito do Dicastério para os Bispos. O novo Papa assumia que a missão episcopal deve levar cada bispo ao encontro das “necessidades específicas” de cada realidade, reforçando a “presença pastoral e social da Igreja”, onde quer que as pessoas sofram, e a proteção da natureza. O cardeal Prevost foi questionado sobre o papel dos leigos, nestes processos de nomeação episcopal, indicando que “já foram dados alguns passos significativos”, com indicações para “incluir mais leigos e religiosas” nas consultas e com maior presença de mulheres no Dicastério para os Bispos. Admitindo diferenças de “pontos de vista”, mais do que de divisões, na assembleia sinodal, o novo pontífice referiu, a respeito da participação das mulheres, que as categorias dentro da Igreja “precisam de ser diferentes”, pelo que a sua ordenação sacerdotal poderia “criar um problema” em vez de o resolver. Para Leão XIV, o debate deve visar um “novo entendimento da liderança, poder e autoridade”, como serviço, na Igreja. O responsável falou de experiências de sinodalidade já em curso, como viu no Peru, enquanto bispo de Chiclayo. No momento da morte de Francisco, o então cardeal Prevost recordou a viagem a Lampedusa, sinal de “proximidade com os migrantes” e a carta que o seu antecessor escreveu aos bispos dos EUA, em fevereiro, “sobre a importância de estar perto dos que sofrem e de ter o coração de Jesus Cristo”, quando foi implementado o programa de deportação em massa de imigrantes e refugiados clandestinos. https://youtu.be/lgyeM1hWZNs O último pontificado, acrescentava, deixou “este espírito de querer continuar o que começou com o Concílio Vaticano II, a necessidade de renovar sempre a Igreja. Entre os ensinamentos que Francisco deixou, salientava, é preciso valorizar “o amor pelos pobres” e o desejo de “uma Igreja pobre, que caminha com os pobres, que serve os pobres”. “Penso que a

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