Igreja Católica

Lançamento do Livro “O Deus que não possuímos” do Padre José Eduardo Afonso

Lançamento do Livro “O Deus que não possuímos” do Padre José Eduardo Afonso Nos próximos dias 17 e 19 de Julho haverá duas sessões de apresentação do livro do Pe José Eduardo Afonso padre do clero diocesano, Diretor da Escola Universitária Católica de Cabo Verde (EU Católica) e Coordenador Nacional da tradução do Novo Testamento em língua cabo-verdiana, a ser lançada em 2033, por ocasião dos 500 anos da Diocese de Santiago e 30 anos da Diocese de Mindelo. No dia 17 de Julho, pelas 18:30, será feita a apresentação do livro na ilha de São Vicente no Centro Cultural de Mindelo. E no dia 19 de Julho repetir-se-á a sessão na ilha de Santo Antão, no Salão Paroquial de Nossa Senhora do Rosário pelas 18 horas.  SINOPSE DO LIVRO Este livro é resultado da investigação retórico-literária e exegético-teológica de 1 Cor 1, 18-2,5. O apóstolo Paulo desmascara todas as tentativas de aprisionar ou conceptualizar Deus a partir de esquemas retóricos fixos, autorreferenciais e pseudointelectuais que podem levar ao ensimesmamento e divisões, encerrados nas malhas de um subjetivismo exacerbado e/ou narcisismo doentio de tipo esquizofrénico-eclesial. Toda a trama argumentativa, o enredo hermenêutico, o apanágio e a função pragmática-teológica do paradoxo da Palavra da Cruz (de Cristo), apresentado de forma arrojada/audaz e instigante pelo autor da sobredita perícope e o modo como o autor do livro o apresenta, desafia o leitor a empenhar toda a sua capacidade (intelectual e emotiva), despida de toda a ilusão solipsístico-retórica, para receber o passado (inserido na trama da tradição e historicidade) como um dom; entrar em relação com o próprio texto e personalizá-lo como oferta, fazendo dialogar a orientação metodológica de análise retórica apelidada por Aletti de prise de distance e a intentioautoris, intentiotextus e intentiolectoris, sem contudo ignorar o SitzimLeben dos protagonistas. Assim, torna-se inteligível o texto de 1Cor 1, 18-2,5 que ultrapassa a provisoriedade do hicetnunc, enquanto conteúdo teológico a refletir, mensagem performativa a viver e herança bíblico-existencial a testemunhar em qualquer época histórica. Propõe-se, portanto, que o leitor perscrute o texto de 1Cor 1, 18-2,5 em toda a sua profundidade e largueza de horizonte intelectual na dinâmica do realizável onto-teológico, a fim de se poder intuslegere, – por detrás das palavras escritas e sua dispositio, expedientes e estilos retóricos usados pelo apóstolo Paulo – toda a sua complexidade teológico-exegética e novidade pastoral que nos propõe um modus operandi no mínimo desafiador no vasto e complexo campo hodierno da missão evangelizadora.

O diácono Ricardo Monteiro será ordenado presbítero no dia 21 de Julho

O diácono Ricardo Monteiro será ordenado presbítero no dia 21 de Julho No próximo dia 21 de Julho Dom Ildo Fortes irá ordenar presbítero, para a Igreja de Mindelo, o diácono Ricardo Jorge Fortes Monteiro na Cidade de Ponta de Sol. O candidato ao presbiterado nasceu em Mindelo, ilha de São Vicente, aos 25 dias do mês de Outubro de 1994. Cresceu na Cidade de Ponta do Sol, Paróquia de Nossa Senhora do Livramento, ilha de Santo Antão. Recebeu o Batismo na Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, cidade da Ribeira Grande no dia 28 de Agosto 1995, a Primeira Comunhão no dia 29 de Maio de 2005 e o sacramento da Confirmação no dia 26 de Junho de 2010, na Paróquia de Nossa Senhora do Livramento. Concomitantemente fez os estudos primários em Ponta do Sol na Escola José Lopes da Silva e os estudos secundários na Escola Secundária Suzete Delgado em Ribeira Grande, onde concluiu o 12º ano de escolaridade em 2012. Estes anos foram acompanhados por uma experiência profunda como acólito, catequista e membro SPJ na sua Paróquia de crescimento. Depois de ter concluído os seus estudos secundários, Ricardo ingressa no Seminário Menor de São José, na Diocese de Santiago de Cabo Verde, no dia 14 de Setembro de 2012, onde frequentou um ano propedêutico de formação interna. No ano seguinte, no dia 27 de Setembro de 2013, inicia o segundo ano propedêutico no Seminário de São José, na Diocese do Algarve, em Faro. Imediatamente depois prossegue com os estudos filosóficos no Instituto Superior de Évora (2014-2017), frequentando o Seminário Maior de Évora, na Arquidiocese de Évora. Entretanto, é convidado a continuar os seus estudos teológicos em Roma, frequentando o Pontifício Colégio Urbano e a Pontifícia Universidade Urbaniana, onde fez a Licenciatura em Teologia (2017-2020) e o mestrado em Teologia Bíblica (2020-2023). Durante estes anos Ricardo recebeu o ministério de leitor no dia 15 de Novembro de 2018, pelas mãos de Sua Eminência Reverendíssima Cardeal Francesco Monterisi, o ministério do acólito, no dia 12 de Dezembro de 2019, pelas mãos de Sua Excelência Reverendíssima Dom Gianfranco Girotti, e foi admitido entre os candidatos às ordens Sacras, no dia 28 de Fevereiro de 2019, pelas mãos de Sua Excelência Reverendíssima Dom Giampiero Gloder, na Capela Maior do Pontifício Colégio Urbano. No dia 30 de Abril de 2022, Ricardo foi ordenado diácono na Basílica de São Pedro, pela imposição das mãos e oração consecratória de Sua Eminência Reverendíssima Cardeal Luís António Tagle, Pro-prefeito do Dicastério para a Evangelização. O diácono Ricardo regressou a Cabo Verde em 2023, e deu início ao seu estágio pastoral na Paróquia de Nossa Senhora da Luz e Santo António, ilha de São Vicente, sendo membro da Comissão Bíblica Diocesana e Diretor Regional da Escola Universitária Católica de Cabo Verde. Rezemos pelo diácono Ricardo que abraçará o ministério sacerdotal e pela Igreja de Mindelo onde o futuro sacerdote irá exercer o seu ministério.

Conselho Nacional dos Bispos de Cabo Verde

Conselho Nacional dos Bispos de Cabo Verde Nos dias 28 e 29 de Maio o Seminário Diocesano de Cristo Bom Pastor, em Mindelo, acolheu o primeiro Conselho dos Bispos de Cabo Verde, que é previsto acontecer a nível nacional em todos países da Conferência Episcopal. Estes dois dias foram oportunos para serem tratados assuntos pertinentes e específicos das ambas dioceses na vertente pastoral. Este Conselho Nacional é um complemento da Conferência Episcopal, garantiu Dom Ildo Fortes Bispo de Mindelo. Os bispos de Cabo Verde e os seus padres colaboradores do Conselho Os bispos tiveram mais dois sacerdotes de cada diocese a tomarem parte deste encontro: o Pe. José Eduardo Afonso e o Pe. Odair Varela de Santiago e o Pe. Lino Paulino e o Pe. Adriano Baptista de Mindelo. Encontro que foi marcado pela cordialidade, testemunho e cordialidade, mencionou o Cardeal Dom Arlindo Furtado. Neste encontro foi oportuno abordar diversos temas específicos como por exemplo: o andamento da EU CATÓLICA, a situação do Acordo Jurídico em a Santa Sé e Cabo Verde, o impulso a implementação da EMRC e ainda algumas áreas da Pastoral que serão planificadas em conjunto (catequese, família, movimentos). Além desses temas específicos foram postas em questão a Pastoral na Diáspora, o acompanhamento e a formação permanente sacerdotal, a formação seminarística, o empenho laical na vida da Igreja a partir da Carta Pastoral dos Bispos da Conferência sobre o “Compromisso dos Leigos na Igreja e na Sociedade”, o Novo Missal Romano, Comissão Nacional Justiça e Paz e o Decénio Jubilar. Missa presidida pelo Cardeal Dom Arlindo Furtado, na Pró-Catedral de Mindelo O encerramento deste primeiro Conselho Nacional dos Bispo de Cabo Verde aconteceu na Pró-Catedral de Mindelo, com uma Eucaristia presidida pelo Cardeal Dom Arlindo Furtado e concelebrada pelo Prelado Local, os padres que participaram do Conselho, outros sacerdotes e diáconos da Diocese de Mindelo. A Eucaristia também foi em sufrágio à alma do Padre Boaventura Lopes no seu terceiro mês de falecimento. https://youtu.be/GCoKLmcer7E

JMC, o desejo do Papa para as crianças do mundo: que tenham o necessário para viver

JMC, o desejo do Papa para as crianças do mundo: que tenham o necessário para viver “Se eu pudesse fazer um milagre, qual milagre eu faria? É fácil: que todas as crianças tenham o necessário para viver, comer, brincar, ir à escola. Este é o milagre que eu gostaria de fazer”, disse Francisco, ao responder a pergunta de uma criança da Indonésia, no âmbito da I Jornada Mundial das Crianças realizada no Estádio Olímpico de Roma, na tarde deste sábado.  Mariangela Jaguraba – Vatican News Neste sábado (25/05), dentro da programação da I Jornada Mundial das Crianças (JMC), o Papa Francisco foi recebido por milhares delas no Estádio Olímpico de Roma. Cerca de cinquenta mil pessoas participaram do evento.   Suas palavras iniciais foram um convite para dar o “pontapé inicial” a um movimento de meninos e meninas que querem construir um mundo de paz, “onde sejamos todos irmãos, um mundo que tem futuro, porque queremos cuidar do ambiente que nos rodeia”, disse o Pontífice.  O Papa no Estádio Olímpico para a Jornada Mundial das Crianças Uma onda de alegria “Em vocês, crianças, tudo fala de vida, de futuro, e a Igreja, que é mãe, as acolhe e as acompanha com ternura e esperança”, disse ainda Francisco. O Papa recordou que em 7 de novembro passado, teve “a alegria de acolher no Vaticano milhares de crianças provenientes de várias partes do mundo”. Naquele dia vocês trouxeram uma onda de alegria; e me fizeram suas perguntas sobre o futuro. Aquele encontro deixou uma marca no meu coração e eu entendi que aquela conversa com vocês devia continuar, devia estender-se a muitas outras crianças e adolescentes. É por isso que estamos aqui hoje: para continuar a dialogar, para fazer perguntas e dar respostas.   Tristeza por causa das guerras “Sei que vocês estão tristes com as guerras. Eu lhes faço uma pergunta: vocês estão tristes com as guerras?”, perguntou o Papa. E as crianças responderam: “Sim”!   A seguir, Francisco disse às crianças que recebeu, neste sábado, algumas crianças que “fugiram da Ucrânia e estavam sofrendo muito com as guerras”. “Algumas delas estavam feridas”. “A guerra é uma coisa boa”?, perguntou o Papa, e as crianças responderam: “Não!” “A paz, é uma coisa bonita?” “Sim!”, responderam elas. “Vocês estão tristes porque muitos de seus coetâneos não podem ir à escola. Há meninas e meninos que não podem ir à escola”, disse ainda o Papa, que acrescentou: Rezemos pelas crianças que não podem ir à escola, pelas crianças que sofrem com as guerras, pelas crianças que não têm alimento, pelas crianças que estão doentes e ninguém cuida delas. O Papa no Estádio Olímpico para a Jornada Mundial das Crianças A alegria é a saúde da alma A seguir, o Papa perguntou: “Vocês sabem qual é o lema desta Jornada Mundial das Crianças? O lema é uma frase tirada da Bíblia: ‘Eis que faço novas todas as coisas’”. “Vocês já ouviram?” As crianças respondem: “Sim!” “Esse é o lema. É lindo. Pensem: Deus quer isso, tudo o que não é novo passa. Deus é novidade. O Senhor sempre nos dá novidade”, disse o Papa. “Queridas crianças, vamos em frente e tenhamos alegria. A alegria é saúde para a alma. Queridas meninas, queridos meninos, Jesus disse no Evangelho que ama vocês. Coragem e adiante”, sublinhou Francisco que rezou uma Ave-Maria com as crianças. Gesto de paz Depois, o Papa respondeu algumas perguntas feitas pelas crianças. Jerônimo proveniente da Colômbia perguntou ao Papa se a paz é sempre possível. O Papa dirigiu a pergunta às crianças que responderam que sim e que é preciso fazer a paz quando se tem um problema na escola. É preciso perdoar e pedir desculpas. “Dar as mãos é um gesto de paz”, disse Francisco, estendendo a mão ao menino. Lia Marise do Burundi, um dos 101 países representados na Jornada Mundial das Crianças, perguntou ao Papa o que as crianças podem fazer para tornar o mundo melhor. O Papa respondeu, dizendo: não brigar, falar com gentileza, brincar juntos e ajudar os outros. “Fazendo essas coisas, o mundo será melhor”, sublinhou. O Papa no Estádio Olímpico para a Jornada Mundial das Crianças A cada criança que se aproximava dele, o Papa dava a cada uma delas um sorriso e alguns doces. “Como fazer para amar a todos. Todos. Todos?”, perguntou Ricardo, um menino cigano de Scampia. “Comecemos por amar aqueles que estão mais próximos de nós”, respondeu o Papa, “e assim vamos adiante”. Que todas as crianças tenham o necessário para viver Uma menina da Indonésia perguntou ao Papa: “Se o senhor pudesse fazer um milagre, qual escolheria?” Francisco respondeu: “Se eu pudesse fazer um milagre, qual milagre eu faria? É fácil: que todas as crianças tenham o necessário para viver, comer, brincar, ir à escola. Este é o milagre que eu gostaria de fazer.” É verdade, respondeu a Ali, do Paquistão, “que somos todos irmãos e irmãs”. “No entanto, muitas pessoas não têm casa nem trabalho”. “Por quê?”, perguntou uma criança da Nicarágua. “É o fruto da maldade, do egoísmo e da guerra”, respondeu o Pontífice. Muitos países gastam dinheiro para fabricar armas e há pessoas que não têm nada para comer. “Todos os dias, rezem pelas crianças que sofrem essa injustiça”, disse Francisco às milhares de crianças nas arquibancadas e ao redor dele, insistindo para que fazessem um minuto de silêncio pelas injustiças. O Papa no Estádio Olímpico para a Jornada Mundial das Crianças Falar com quem tem o coração duro “Como abrir o coração dos adultos?”, perguntou Ido, da Coreia do Sul. Há muita gente fechada, “com o coração duro, com o coração que parece um muro”, disse o Papa. Não é fácil, repetiu, mas vocês, crianças, devem ter esta ilusão de fazer coisas que façam os adultos pensar. Vocês devem bater às portas dos adultos e fazer essas perguntas e também fazê-las a Deus. “Vocês, crianças, podem fazer uma verdadeira revolução com essas perguntas e com essas inquietações”, exortou. “Viva os avós!” O Papa pensou também nos idosos, motivado pela

O sonho do Papa para o Jubileu: silenciar as armas e abolir a pena de morte

O sonho do Papa para o Jubileu: silenciar as armas e abolir a pena de morte “Spes non confundit” é o título da Bula de proclamação do Ano Santo de 2025. Os apelos de Francisco são pelos prisioneiros, migrantes, doentes, idosos e jovens dominados pelas drogas e transgressões. No texto, o anúncio da abertura de uma Porta Santa em um presídio, o pedido de perdão da dívida dos países pobres, o incentivo ao aumento da taxa de natalidade, a acolhida dos migrantes, o desejo de criar um fundo para abolir a fome e um maior empenho da diplomacia por uma paz duradoura.  Salvatore Cernuzio – Cidade do Vaticano Ouça e compartilhe É a esperança que o Papa invoca como dom no Jubileu 2025 para um mundo marcado pelo conflito de armas, morte, destruição, ódio contra o próximo, fome, “dívida ecológica” e baixa taxa de natalidade. A esperança é o bálsamo que Francisco quer derramar sobre as feridas de uma humanidade oprimida pela “brutalidade da violência” ou que se encontra nas garras de um crescimento exponencial da pobreza. “Spes non confundit”, a esperança não decepciona, é o título da Bula de proclamação do Jubileu Ordinário entregue na tarde de hoje, 9 de maio, pelo Papa às Igrejas dos cinco continentes durante as primeiras Vésperas da Solenidade da Ascensão. A Bula, dividida em 25 pontos, contém súplicas, propostas, apelos em favor dos presos, dos doentes, dos idosos, dos pobres, dos jovens, e anuncia as novidades de um Ano Santo que terá como tema “Peregrinos de esperança”. “Spes non confundit”, a Bula de proclamação do Jubileu 2025 Uma data comum para a Páscoa  No documento, o Papa Francisco recorda dois importantes aniversários: a celebração em 2033 dos dois mil anos da Redenção e os 1700 anos do primeiro grande Concílio Ecumênico de Nicéia, que entre outros temas tratou também da definição da data da Páscoa. Ainda hoje, “posições diferentes” impedem a celebração no mesmo dia do “o evento fundante da fé”, ressalta, lembrando que, no entanto, “por uma circunstância providencial, isso acontecerá precisamente no ano de 2025” (17).  “Seja isto um apelo a todos os cristãos do Oriente e do Ocidente para darem resolutamente um passo rumo à unidade em torno duma data comum para a Páscoa.” A abertura da Porta Santa Em meio a essas “grandes etapas”, o Papa estabelece que a Porta Santa da Basílica de São Pedro será aberta em 24 de dezembro de 2024. No domingo seguinte, 29 de dezembro, o Pontífice abrirá a Porta Santa da Basílica de São João de Latrão; em 1º de janeiro de 2025, Solenidade de Maria Mãe de Deus, a de Santa Maria Maior e, em 5 de janeiro, a Porta Santa de São Paulo Fora dos Muros. As três Portas serão fechadas no domingo, 28 de dezembro do mesmo ano. O Jubileu terminará com o fechamento da Porta Santa da Basílica de São Pedro em 6 de janeiro de 2026. (6) A abertura da Porta Santa no Jubileu da Misericórdia (8 de dezembro de 2015) Sinais dos tempos Francisco espera que “o primeiro sinal de esperança” do Jubileu “se traduza em paz para o mundo, mais uma vez imerso na tragédia da guerra”.  “Esquecida dos dramas do passado, a humanidade encontra-se de novo submetida a uma difícil prova que vê muitas populações oprimidas pela brutalidade da violência. Faltará ainda a esses povos algo que não tenham já sofrido? Como é possível que o seu desesperado grito de ajuda não impulsione os responsáveis das Nações a querer pôr fim aos demasiados conflitos regionais, cientes das consequências que daí podem derivar a nível mundial? Será excessivo sonhar que as armas se calem e deixem de difundir destruição e morte?” Apelo em favor da natalidade Com preocupação, o Papa Francisco observa a “queda na taxa de natalidade” que está sendo registrada em vários países e por vários motivos: “dos ritmos frenéticos de vida”, “dos receios face ao futuro”, “da falta de garantias de emprego e de adequada proteção social” e “de modelos sociais ditados mais pela procura do lucro do que pelo cuidado das relações humanas”. Para o Pontífice, há uma “necessidade urgente” de “apoio convicto” dos fiéis e da sociedade civil ao “desejo” dos jovens de gerar novas crianças, para que o futuro possa ser “marcado pelo sorriso de tantos meninos e meninas que, em muitas partes do mundo, venham encher os demasiados berços vazios”. (9) A ternura de Francisco com uma criança nos braços Para os presidiários, respeito, condições dignas, abolição da pena de morte Na sequência, Francisco pede “sinais tangíveis de esperança” para os presos. Propõe aos governos “formas de amnistia ou de perdão da pena”, bem como “percursos de reinserção na comunidade”. Acima de tudo, o Papa pede “condições dignas para quem está recluso, respeito pelos direitos humanos e sobretudo a abolição da pena de morte”. (10) Para oferecer aos prisioneiros um sinal concreto de proximidade, o próprio Pontífice abrirá uma Porta Santa em uma prisão. Esperança para os doentes e incentivo para os jovens: “Não podemos decepcioná-los”. Sinais de esperança também devem ser oferecidos aos doentes, que se encontram em casa ou no hospital: “O cuidado para com eles é um hino à dignidade humana”. (11) A esperança também é necessária para os jovens que, com tanta frequência, “veem desmoronar-se os seus sonhos”.  “A ilusão das drogas, o risco da transgressão e a busca do efêmero criam nos jovens, mais do que nos outros, confusão e escondem-lhes a beleza e o sentido da vida, fazendo-os escorregar para abismos escuros e impelindo-os a gestos autodestrutivos.” (12) Sinais de esperança em relação aos migrantes Mais uma vez o Papa pede que as expectativas dos migrantes “não sejam frustradas por preconceitos e isolamentos”.  “A tantos exilados, deslocados e refugiados que, por acontecimentos internacionais controversos, são forçados a fugir para evitar guerras, violência e discriminação, sejam garantidos a segurança e o acesso ao trabalho e à instrução, instrumentos necessários para a sua inserção no novo contexto social.” (13) O Papa abraça um migrante durante sua viagem a Malta

VI Semana Teológica

VI SEMANA TEOLÓGICA DA DIOCESE DE MINDELO A Diocese de Mindelo, nos seus 20 anos de existência, reconhece a relevância em se refletir cientificamente e aprofundar espiritualmente questões relacionadas com a natureza, a história e a missão da Igreja. Portanto, propõe como tema da VI Semana Teológica «Os sinais dos tempos e a missão da Igreja». Na parceria com a Escola Universitária Católica de Cabo Verde esta decorrerá, a partir das 18 horas, no Auditório Onésimo Silveira na Universidade do Mindelo no período de 9 a 12 de Abril, organizada em quatro dias com quatro blocos respetivos. O Primeiro Bloco será o ENQUADRAMENTO GERAL DA VI SEMANA TEOLÓGICA teremos a conferência intitulada de ‘A família humana: uma interpretação dos sinais dos tempos à luz do Evangelho’ conferenciada pela Sua Eminência Cardeal Arlindo Gomes Furtado e moderada pelo Sr. José Faria. O segundo dia que corresponde ao Segundo Bloco abordar-se-á A NATUREZA DA IGREJA com duas conferências a primeira será intitulada de ‘Igreja, corpo de Cristo: o conceito de corpo de Cristo na literatura paulina’ conferenciada pelo Padre Dr. José Eduardo Furtado Afonso e moderada pelo Sr. Isidoro Costa. A segunda conferência por sua vez terá o nome de ‘A Igreja Sinodal e o exercício do sacerdócio comum dos fiéis’ conferenciada pelo Padre Dr. Manuel José Marques e moderada pelo Sr. Diácono José Brito. No terceiro dia desta formação seguir-se-á o Terceiro Bloco com a HISTÓRIA E ATUALIDADE onde terá lugar a apresentação feita pelo Bispo de Mindelo Dom Ildo Fortes do livro da autoria de JAIRZINHO LOPES PEREIRA intutilada de Scripta Ecclesiastica: A diocese de Santiago Cabo Verde nos arquivos europeus (1835-1859). Na sexta-feira dia 12 de Abril teremos o Quarto e Último Bloco da VI Semana Teológica com a MEMORIA DA COMUNIDADE ECLESIAL, à semelhança do segundo dia, com duas conferências a primeira será intitulada de ‘A consciência eclesial: o papel da mulher na identidade eclesiológica’ conferenciada pela Dra. Teresa Maria da Cruz Costa Pereira e moderada pela Sra. Otelma Borges. A última de todas as conferências terá o nome de ‘A piedade popular: leitura sociocultural das manifestações religiosas na configuração da identidade cultural cabo-verdiana’ conferenciada pelo Doutor Adilson Filomeno Carvalho Semedo e moderada pelo Sr. Gabriel Delgado. No término de todas as conferências haverá espaço para debates. Segue em anexo toda a programação da VI Semana Teológica da Diocese de Mindelo

Ordenação Diaconal de Nelson Varela

Ordenação Diaconal de Nelson Varela No passado dia 25 de Fevereiro, último domingo do mês, a Igreja de Mindelo esteve em festa. Garantia o Bispo, na homilia, “Dia da nossa Igreja diocesana por coincidir com o dia em que ia arrancar a grande aventura – a Diocese de Mindelo – mais ou menos, por estes dias há vinte anos. Há vinte anos era ordenado bispo Dom Arlindo (então Vigário Geral da Diocese de Santiago), e entrava na Diocese de Mindelo tomando posse desta diocese, como primeiro bispo, em 28 de Fevereiro. Por este efeito, o último domingo de Fevereiro tornou-se o Dia da nossa família diocesana”. E para maior alegria diocesana fomos agraciados, neste ano em que celebramos 20 anos, com a ordenação diaconal do Nelson Amarildo da Silva Varela. “Nhor Dês, alenu li contente, tudo djunto” foi o cântico com que se iniciou a celebração da eucaristia no Pavilhão da Escola Salesiana. Que traduziu a mesma alegria que tiveram os 3 discípulos no Monte Tabor ao terem vislumbrado e contemplado a Transfiguração do Senhor Jesus. Como é bom estarmos aqui juntos a celebrar a vocação do nosso irmão que se entrega inteiramente como cooperador com e para a Igreja, afirmava o bispo esperançoso. Nelson de 36 anos de idade, que agora abraça o ministério do diaconado, começou o seu percurso vocacional na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos na Ilha de São Vicente (2014) e após um período de discernimento percebeu que o Nosso Senhor o chamava para uma outra vocação, sacerdote diocesano. Continuando em São Vicente Varela ingressou no Seminário Cristo Bom Pastor da Diocese de Mindelo, como seminarista de Mindelo. Feito todo o percurso nos Seminários do Patriarcado de Lisboa. Ei-lo ordenado no dia 25 de Fevereiro, último domingo do mês de Fevereiro. Domingo da Festa da Igreja Diocesana de Mindelo. E como a vocação diaconal e sacerdotal (bem como a consagrada, laical e matrimonial) é uma realidade que nasce e se promove na comunidade, assim também, deve ser celebrada por toda a comunidade. E desta vez, com gente das várias comunidades da diocese (nomeadamente Santo Antão, São Vicente e Sal). Porque a vocação tem esta dimensão comunitária, em jeito de conclusão, parafraseava o Dom Ildo Fortes as palavras dirigidas pelo Sumo Pontífice aos diáconos de Roma, no dia anterior: “servir é um verbo que recusa toda abstração: significa estar disponível, renunciar a viver de acordo com a própria agenda, estar pronto para as surpresas de Deus que se manifestam através das pessoas, do inesperado, das mudanças de planos, das situações que não se encaixam em nossos esquemas”. Que este novo diácono receba este ministério como estímulo de serviço e não de prestígio. Neste momento a Diocese conta com 12 diáconos, 10 permanentes e 2 transitórios. Transitórios porque têm em vista o sacerdócio, é o caso dos dois colegas diáconos Nelson e Ricardo. https://youtu.be/r8H934c84H8?feature=shared

Ordenação Diaconal de Nelson Varela

Ordenação Diaconal de Nelson Varela No próximo dia 25 de Fevereiro, em Mindelo, Dom Ildo Fortes vai ordenar diácono o Seminarista Nelson Amarildo da Silva Varela. Ele que nasceu no dia 08 de outubro de 1987, filho de Armando Varela e Joana da Silva, natural da freguesia de Nossa Senhora da Graça – Praia, Santiago. Fez os seus estudos primários nas Escolas Básicas de Castelão, Paiol e de Achada Mato na cidade da Praia, e os seus estudos secundários nas Escolas Secundárias Regina Silva na Achadinha e na Escola Secundária Pedro Gomes na Achada Santo António onde concluiu o 12º ano. Trabalhou durante 5 anos com a ONG dinamarquesa Bornefondem, nos centros de São Lourenço dos Órgãos, Chã de Tanque – Assomada e Fazenda – cidade da Praia. Licenciou em Ciência Política e em Administração Pública pelo Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais na Cidade da Praia. No ano 2014 entrou para o aspirantado na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos na Ilha de São Vicente, onde em 2015 mudou para o Seminário Diocesano Cristo Bom Pastor da Diocese de Mindelo. Em outubro de 2016 foi enviado para o Seminário Patriarcal São José de Caparide onde fez o seu ano propedêutico. No ano letivo 2016/17 iniciou o primeiro ano no Seminário Maior de Cristo Rei dos Olivais, onde também deu início ao Mestrado Integrado em Teologia na Universidade Católica de Lisboa.  A 13 de outubro de 2020 foi Admitido entre os Candidatos às Ordens Sacras no Seminário dos Olivais pelo Bispo Dom Ildo Fortes. No dia 08 de agosto de 2021 foi Instituído Leitor na Paróquia de São Vicente – Ilha de São Vicente, e 24 de julho de 2022 foi Instituído Acólito na Paróquia de São Pedro Apóstolo – Santo Antão. Terminou os seus estudos no Seminário Maior de Cristo Rei dos Olivais a 5 de julho de 2023, apresentou a sua dissertação de Mestrado Integrado em Teologia a 20 de novembro de 2023. É estagiário nas Paróquias de Nossa Senhora do Rosário e Santo Crucifixo na Ribeira Grande – Santo Antão.  Rezemos pelo candidato Nelson Varela e pela Igreja de Mindelo onde o futuro diácono vai exercer o ministério ordenado.

Mensagem para a Quaresma de 2024

Mensagem para a Quaresma de 2024   Nesta manhã de quarta-feira de cinzas foi divulgada a mensagem para a Quaresma de 2024 do Bispo de Mindelo, com o título: “Eis que faço novas todas as coisas”. No início da sua mensagem Dom Ildo Fortes sublinha a necessidade espiritual e vital de recomeços, neste mundo que enfrenta um cenário de dolorosos conflitos. Na sua mensagem, Dom Ildo Fortes, com olhar esperançoso, apresenta-nos a fraternidade como meio de conversão nesta aventura quaresmal que é pessoal e comunitária. Que a oração, o jejum e a esmola nos façam “parar na presença de Deus junto da carne do próximo”. A Renúncia Quaresmal deste ano destina-se “às vítimas da guerra em curso entre Israel e Hamas; um gesto de solidariedade e participação no seu sofrimento, em colaboração com a Caritas Jerusalém”, concluiu o Bispo de Mindelo.   Mensagem na íntegra MENSAGEM DO BISPO DE MINDELO – QUARESMA 2024“Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21, 5) Queridos irmãos e irmãs Em determinados momentos da vida desejamos muito que surja um novo tempo e se escreva uma nova página da história. Firmes na Palavra do Senhor é sempre possível recomeçar e fazer tudo novo de novo. O Espírito de Deus nos encoraja a nos reinventarmos. Deixemo-nos recriar pela Palavra de Deus, para uma nova orientação de vida nesta caminhada quaresmal. A palavra-chave deste tempo é conversão; uma transformação séria em nós é possível porque Deus é amor em acção e Ele tudo pode. Este tempo é uma porta favorável que se abre diante nós. Na mensagem para a Quaresma deste ano, o Papa Francisco nos lembra que Deus vê e escuta, está atento às situações de escravidão e dor do seu povo, por isso, decidiu descer para o libertar (cf. Ex 3, 7-8). Também hoje o grito de tantos irmãos e irmãs oprimidos chega ao céu. Os relatos que nos chegam a cada instante põem em evidência que o mundo está doente e em decadência. Enfrentamos desafios de violência, hostilidades entre os povos, ondas crescentes de rivalidades e intolerância um pouco por toda a parte. A realidade faz-nos pensar que somos mais inimigos uns dos outros que irmãos. Diante desse cenário, questionamo-nos: como justificar tantos conflitos e guerras inimagináveis num mundo que busca progresso e luta pelos direitos humanos? Quem nos poderá livrar do peso do pecado e deste fardo que a humanidade carrega? Sozinhos, não somos capazes; precisamos do olhar solícito de Deus e da sua intervenção paterna. A Quaresma, como caminho para a Páscoa, é entrada na via da libertação. Deus persiste em nos procurar, oferecendo-nos a oportunidade de reintrodução na vida. Este é o momento de se recentrar no caminho da fraternidade, da luz verdadeira e da liberdade. Esta jornada rumo à Páscoa é uma aventura pessoal e comunitária alcançada no horizonte da esperança. Há que descobrir a esperança no meio das nossas guerras, entre os escombros do horrendo, entre os pobres, os frágeis e os desprotegidos que continuam a ser objectos de exploração pelos poderosos e por sistemas económicos que impiedosamente asfixiam e matam. A proposta da Igreja para nós é clara: converter dos nossos maus caminhos: semear a beleza que abre a nossa imaginação ao transcendente, o bem e a verdade, porque isso é o remédio que nos repõe na senda da santidade. Diz Francisco que: “É tempo de agir e, na Quaresma, agir é também parar: parar em oração, para acolher a Palavra de Deus, e parar como o Samaritano em presença do irmão ferido”, porque “o amor de Deus e do próximo formam um único amor”. O deserto quaresmal é “parar na presença de Deus, junto da carne do próximo. “Por isso, oração, esmola e jejum não são três exercícios independentes, mas um único movimento de abertura, de esvaziamento: lancemos fora os ídolos que nos tornam pesados, fora os apegos que nos aprisionam.” Com o Papa, cremos que se “esta Quaresma for de conversão, a humanidade extraviada sentirá um estremeção de criatividade: o lampejar duma nova esperança”. A Renúncia Quaresmal deste ano, após ter ouvido o Conselho Presbiteral, será para as vítimas da guerra em curso entre Israel e Hamas; um gesto de solidariedade e participação no seu sofrimento, que fazemos em colaboração com a Caritas Jerusalém. A Renúncia Quaresmal de 2023 em favor das famílias mais pobres que carecem de segurança alimentar rendeu 489.289$00. Não nos falte a ousadia da caridade; cada um dê como dispôs em seu coração, sem tristeza nem constrangimento, pois Deus ama quem dá com alegria (2 Cor 9, 7)! Que a espiritualidade da nossa Quaresma nos infunda coragem, luz e força para prosseguir a caminhada, aguardando os novos céus e a nova terra (cf. Ap 21, 1). Mindelo, Quarta-Feira de Cinzas, 14 de fevereiro de 2024 † Ildo Fortes, Bispo de Mindelo

MISSIONÁRIOS DE BENGUELA EM MINDELO

MISSIONÁRIOS DE BENGUELA EM MINDELO Dia 30 de Dezembro foram acolhidos no aeroporto de Cesária Évora em São Vicente, dois sacerdotes de Benguela (Angola), o Pe Filipe Kaminguelengue (direita na foto) e Pe Ezequiel Kapupa (esquerda na foto). Ambos foram apresentados na povo na Pró-Catedral de Mindelo, no dia da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, dia 1 de Janeiro e foram calorosamente recebidos pelos fiéis. Estes jovens sacerdotes fizeram todo o percurso vocacional no Seminário Maior do Bom Pastor – Benguela e prestaram o serviço ministerial na Diocese de Benguela. Atendendo a um pedido do Bispo de Mindelo, em Julho de 2023 durante a Cerimónia de umas ordenações sacerdotais, o bispo de Benguela, D. António Francisco Jaca, anunciava que dois padres seriam enviados para Mindelo em espírito de colaboração missionária. A Diocese de Benguela é uma diocese agraciada por Deus com multas vocações e é conhecida a sua dimensão missionária. O Pe Filipe Kaminguelengue de 37 anos de idade e 9 de padre foi apresentado no passado dia 7 de janeiro na paróquia de Santo António, em São Vicente, onde vai exercer a função de Vigário paroquial. O Pe Ezequiel Kapupa de 29 anos de idade e 5 meses de padre vai colaborar na região Santo Antão Norte, ele que foi apresentado à comunidade durante a grande solenidade do padroeiro da ilha, 17 de janeiro, na Paróquia de N.S. do Rosário. Rezemos por eles nesta nova missão que acabam de abraçar.

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